segunda-feira, janeiro 08, 2007

CRISTÓVÃO NORTE RESPONDE AO DEPUTADO SOCIALISTA HUGO NUNES

A propósito da discussão da Assembleia da República do Curso de Medicina na UAlg...

Na passada Sexta-Feira, dia 5 de Janeiro, realizou-se em sessão plenária da Assembleia da República, o debate sobre a petição “Curso de Medicina Já”, apresentada pela JSD Algarve, que reuniu cerca de 9.500 assinaturas. Recorde-se que o resultado desta iniciativa lançada pelos jovens social-democratas algarvios já tinha sido entregue ao Presidente da Assembleia da República, Dr. Jaime Gama, em Julho e que os peticionários já tinham sido ouvidos pela Comissão de Ciência, Educação e Cultura, aproveitando a ocasião para expor circunstanciadamente os motivos da sua pretensão.


Instado a pronunciar-se sobre o debate que teve lugar na Assembleia da República, Cristóvão Norte, primeiro subscritor da petição e ex-líder da JSD Algarve reconhece que “o tempo dispensado à discussão – dois minutos e meio para cada grupo parlamentar – é um atentado às legítimas expectativas dos subscritores e o símbolo do embuste democrático que corrói a Assembleia da República”. Ressalva, contudo, que a petição foi “indiscutivelmente apoiada pelas posições do PSD (Mendes Bota), CDS-PP (Abel Baptista), PCP (Bernardino Soares) e BE (João Semedo), reproduzindo o consenso que felizmente havíamos constatado no Algarve”. Porém, sublinha de forma cáustica “a «ausência» do PS no debate, que teve como corolário uma angustiante intervenção do deputado Hugo Nunes”.

A este propósito, Cristóvão Norte, refutando as críticas de que foi objecto a petição por parte do PS, deixa a seguinte interrogação “se a petição é despropositada e extemporânea, como foi classificada por Hugo Nunes, porque é que o PS a votou por unanimidade, ao lado do BE, do PSD e da CDU, na Assembleia Metropolitana (AMAL), e em todas as assembleias municipais da região, sem excepção, em que foi apresentada?”.

Cristóvão Norte ironiza “parece que o senhor deputado gosta, sozinho, de combater moinhos de vento” e que “felizmente, os seus camaradas algarvios actuam de maneira diferente”. Remata afirmando que “a religião dos deputados do PS pelo Algarve é o PS, não é o Algarve”, e exemplifica com a posição tomada aquando da votação da Lei das Finanças Locais em que quinze dos dezasseis municípios algarvios vão ser severamente prejudicados.

Cristóvão Norte adverte que “esta é inequivocamente uma causa que deve congregar as energias regionais”, lançando o apelo para que “não nos deixemos guiar pela ânsia de protagonismo fácil, porque estamos perante uma batalha que a Universidade do Algarve já trava há oito anos” e esclarece que “à Universidade do Algarve compete reunir as condições técnico-pedagógicas para que o curso possa ser ministrado, mas aos partidos e dirigentes políticos impõe-se uma actuação concertada para que se consiga sensibilizar o governo, independentemente da sua cor política”.

Em jeito de conclusão, Cristóvão Norte sustenta que “do ponto de vista político, esta petição recolocou o assunto na agenda, mas agora que estamos numa fase crucial devem-se multiplicar as manifestações favoráveis à criação do curso de medicina no Algarve”, afirmando-se confiante quanto à concretização deste projecto, já no decurso desta legislatura.

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