segunda-feira, fevereiro 27, 2006

H5N1 - A GRIPE MORTAL!

O mediático vírus da gripe das aves (H5N1), até ao momento, devido às suas características tem muitas dificuldades em atingir o ser humano sendo praticamente impossível ser transmitido entre pessoas. Aliás, por norma os vírus da gripe capazes de infectar as aves (e são dezenas) não afectam o Homem, uma vez que não estão “apetrechados” para atingir as células humanas.

No entanto, a sua enorme capacidade de mutação leva a crer que será inevitável a sua propagação para o Homem, provocando uma pandemia mundial que poderá provocar, no pior cenário, a morte de milhões de pessoas.

O primeiro registo de contágio num ser humano por H5N1 ocorreu em 1997, em Hong Kong, surgindo meses depois mais 17 casos o que levou o governo desta cidade a abater todas as aves existentes nas quintas e mercados. O abate em massa funcionou uma vez que esta estirpe de vírus nunca mais voltou a ser vista.

Mas, em 2001, (novamente em Hong Kong) surge outra estirpe mortífera de H5N1 e a partir daí, ano após ano, o vírus vem trocando genes com outros vírus da gripe das aves, aumentando gradualmente o seu raio de actuação, chegando no inicio de 2006 à Europa. Por enquanto, ainda há poucas informações sobre este vírus e também ainda não se sabe ao certo como é que uma pessoa contrai a infecção.

O alastramento do H5N1 pela população humana como acontece com a “típica” gripe acontecerá quando uma pessoa contrair o H5N1 (por contacto directo com aves infectadas) também esteja infectada com o vírus da gripe tradicional, podendo o mesmo acontecer com um porco (para quem não sabe é um clássico vaso de mistura dos vírus da gripe). Assim os 2 vírus vão fundir-se e “gerar” um novo vírus que pode ser altamente contagioso (característica do vírus “normal” da gripe) e mortífero (característica do H5N1) ou pode surgir um vírus moderadamente contagioso, mas muito menos agressivo (enfim, são algumas as combinações possíveis…)

Alguns cientistas já estão a trabalhar numa vacina através da engenharia genética na tentativa de “domesticar” este H5N1 e os primeiros testes em seres humanos revelam sinais encorajadores.

Infelizmente nem todos têm a sorte de viver nos EUA ou na Europa onde os cuidados de saúde, a prevenção e as campanhas de vacinação permitirão que esta provável pandemia seja minimizada.

Fonte: National Geographic

terça-feira, fevereiro 21, 2006

PETIÇÃO À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA - CURSO DE MEDICINA JÁ!

Ao abrigo do disposto no número 1 do artigo 52º da Constituição da República Portuguesa e do artigo 15º da lei nº 43/90 de 10 de Agosto com as alterações introduzidas pela lei nº 6/93 de 1 de Março, e pela lei nº 15/2003 de 4 de Junho, submetemos a Sua Excelência o Presidente da Assembleia da República, Dr. Jaime Gama, a apreciação da presente petição subscrita pelos abaixo-assinados.

Hoje, como outrora, as Universidades desempenham um papel determinante no progresso e na afirmação dos povos, contribuindo indiscutivelmente com um património de saber que, numa sociedade progressivamente mais exigente, complexa e globalizada, convêm preservar, estimular e valorizar. É salutar que assim seja, pois sempre constituíram referencial de mudança social, económica e política e baluarte da construção de Homens mais capazes e melhor preparados. Consciente da permanente actualidade desta problemática e da preponderância que a Universidade do Algarve assumiu no panorama regional e, atendendo a que uma universidade é sempre um desígnio inacabado e tem obrigação de satisfazer as exigências que ela própria provocou, serve a presente petição para solicitar à Assembleia da República que, de acordo com as competências constitucionais que lhe são outorgadas, proceda à criação do Curso de Medicina integrado na Universidade do Algarve.

O nosso país não é propriamente reconhecido pela qualidade dos serviços de saúde que presta. Temos listas de espera, estruturas hospitalares desorganizadas, mal apetrechadas e pouco funcionais, mas também um problema gravíssimo na distribuição geográfica do pessoal de saúde, em especial, de médicos. Não se compreende que a questão de falta de médicos não esteja já resolvida. Mas não está. Senão, não teríamos jovens estudantes, aptos e esforçados, com brilhantes médias de 18 valores que fossem confrontados com uma pauta em que simplesmente diz”não colocado”. Nem teriam esses mesmos jovens que esperar 1 ou 2 anos para melhorar a sua média em 1 ou 2 décimas para cursar medicina. Nem optar por um curso que não os satisfaz. Nem que, por via da insuficiente oferta de cursos, emigrar para destinos remotos. Objectivamente, o problema não é estes jovens ficarem de fora, é ficarem de fora quando há gente que precisa deles em regiões mais carenciadas como é o caso paradigmático do Algarve.

Todos sabem que, defendido em uníssono pelo espectro político regional, o Algarve sempre foi um dos parentes pobres deste país. Ninguém desconhece também que, pela potencialidade turística internacional que alberga, acarretando impactos positivos na economia nacional, e pela especificidade dessa mesma indústria, a nossa região tem que forçosamente produzir serviços de qualidade, que materializem as expectativas da população e dos visitantes, sob pena de hipotecar o futuro. Mas como fazê-lo, denunciando a impreteribilidade de apostar no turismo de sáude, terceira idade, entre outros segmentos, sem elevarmos os padrões de prestação de cuidados de sáude na região? Como poderemos ser competitivos nesses segmentos se não desfrutarmos de médicos suficientes para fazer face ás necessidades de modernização da nossa precária rede hospitalar?

É, ainda, indispensável relatar a assimetria numérica de médicos por mil habitantes entre as regiões centrais e periféricas. Sendo que, em Lisboa, por exemplo, por cada 1000 habitantes há 5 médicos, ao passo que, no Algarve, para a mesma proporção, não chegamos aos 2 médicos por 1000 habitantes. Sublinhe-se esta invulgar discrepância: Portugal tem uma média de 3,1 médicos por 1000 habitantes, a União Europeia de 3,3 e o Algarve de 1,9. Elucidativo! Mais grave se torna esta divergência quando as estatísticas oficiais não agregam a população flutuante. Se o fizessem, poderíamos com caução afirmar que num dos indicadores de referência para apreciar da qualidade de vida das populações, o Algarve, no contexto da União Europeia, ocuparia a cauda da tabela com inegáveis repercussões na vida de todos os algarvios. Mais a mais, entre 2013 e 2020, em virtude de na década de 70 se terem formado uma percentagem significativa dos médicos no activo para os quais não haverá, comprovadamente, substitutos, agravar-se-á dramaticamente, com particular incidência, nas regiões, como o Algarve, que não possuam cursos de medicina para minorar os efeitos perversos deste revezamento geracional. Isto resulta, incontroversamente, da concentração de cursos de Medicina em áreas polarizadoras que absorvem os recursos do país e que obstaculizam uma adequada dispersão dos quadros médicos. Portugal dispõe de 7 faculdades de medicina: 2 em Lisboa, 2 no Porto, 1 em Braga, Coimbra e Covilhã.

Sublinhe-se que 1/3 do território continua despido destas estruturas e que ao propalado espírito descentralizador, corresponde, na realidade, um centralismo decrépito que ignora as genuínas expectativas dos cidadãos.

Com maiores ou menores benefícios, os quadros não se fixam em locais em que têm menores oportunidades. Por isso, é preciso intervir, criando o curso de Medicina na Universidade do Algarve de modo a formar mais profissionais para dar resposta às necessidades. Só através do transporte das estruturas formativas é que se consegue fixar as pessoas nas regiões menos atractivas, constituindo a Universidade do Algarve um exemplo modelar já que um recente estudo apurou que cerca de 70% dos alunos que aqui concluíram a sua formação, apesar de oriundos de outras partes do país, aqui se sedentarizaram.

Reclamamos, por conseguinte, atendendo aos fundamentos aduzidos por esta petição, que a Assembleia da República reconheça a pertinência do nosso pedido e, de modo enérgico e expedito, aprove o diploma legislativo que crie o curso de Medicina da Universidade do Algarve.

1º Subscritor: Cristóvão Norte

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

REUNIÃO DA JSD/ALGARVE

Na próxima 2ª Feira (dia 20), às 21H00, irá realizar-se uma reunião da Comissão Politica Distrital da JSD/Algarve, na sua sede em Faro.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

UNIVERSIDADE DO ALGARVE COM NOVO REITOR

João Guerreiro, ex presidente da CCDRAlgarve, é o novo Reitor da Universidade do Algarve, após ter vencido esta manhã, com cerca de 2/3 dos votos, o seu opositor Saúl Neves de Jesús.