segunda-feira, janeiro 22, 2007

A Cultura em Tavira...vai andando!

De há uns anos a esta parte, não nos podemos queixar de falta de movimentos culturais em Tavira, diga-se em abono da verdade.

Desde exposições de grandes autores, à edição de livros de Tavirenses e claro a música não é esquecida com grandes nomes do panorama nacional.

Mas cá na terra, também temos grandes valores musicais e que não são esquecidos, se bem que já lá vão os tempos em que mais espectáculos se faziam para se promover os talentos tavirenses. Mas vai se fazendo qualquer coisa, não só a nível da autarquia como também através de clubes e associações que ao longo do ano se predispõem trabalhar a custo zero para o bem da cidade.

A propósito de associações que vivem o espectáculo como uma forma de arte maior, tomemos como exemplo a Academia de Música de Tavira, instituição conceituado no ensino e formação musical, da qual falo com conhecimento de causa, pois tenho o prazer de leccionar nesta instituição e acompanhar o magnifico trabalho que é feito ao longo de todo o ano.

Mais uma vez aqui Tavira está no seu melhor nível e isto porque a Academia realiza concertos aos sábados à noite e os quais têm uma grande aderência de público sobretudo de nacionalidade estrangeira pois infelizmente nós portugueses e nomeadamente os tavirenses, não estamos ainda educados o suficiente para dar valor e ir assistir a concertos de piano e guitarra a uma igreja.

Mas mais grave ainda será dizer que a estes concertos de elevada qualidade pois estamos a falar de professores credenciados da Academia de Música de Tavira, nunca vemos personalidades representativas da edilidade Tavirense e isto acontece sistematicamente em todos os concertos. É triste para quem se dedica de corpo e alma a uma causa tão nobre como a música…

Mas há ainda um outro problema que na minha opinião como professora de música e Presidente da JSD Tavira me deixa no mínimo revoltada e confesso que a Comissão Politica da JSD Tavira gostaria de ajudar a resolver.

Como é sabido Tavira tem vinte e três igrejas e a questão prende-se com o facto destes referidos concertos aos sábados, não poderem ser em qualquer uma delas, devido à grande afluência de espectadores. Mas para este mal, grande solução existe, tomo como exemplo a famosa igreja de Nossa Senhora do Carmo que por ser uma das maiores e mais esplendorosas da cidade, reúne as condições necessárias para receber concertos desta natureza mesmo a nível de lugares sentados para o público assistir. Só que a discriminação começa aqui, quando a Academia de Música, a única instituição oficial no ensino desta área, em Tavira não tem autorização para realizar aí os seus espectáculos só que sem grandes dificuldades a Orquestra do Algarve e o Concerto Natalício com grupos corais locais e de outras regiões do país, fazem aí as suas demonstrações. Pergunto eu porquê? Isto é justiça? Então se não se podem realizar concertos na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, não se realiza nenhum. Agora a Orquestra do Algarve e os grupos corais por serem quem são tem mais direitos? Demonstro deste modo o meu profundo desagrado por quem de direito impõem estas regras, completamente absurdas, na esperança que esta situação possa resolver-se pois não é de todo justo que músicos que atraem tanto público aos seus concertos e sendo da própria cidade de Tavira, sejam tratados de forma desigual quando se está a trabalhar em prol da cultura da cidade.

Sofia Andreia – Presidente da Comissão Politica da JSD Tavira e Membro da Comissão Politica da JSD Algarve

quinta-feira, janeiro 18, 2007

É PRECISO APOSTAR NA EDUCAÇÃO!!!

Que a situação do país não é a melhor, já todos nós o sabemos.

Actualmente, a capacidade produtiva da economia portuguesa não tem crescido a um ritmo desejado, em termos de produtividade média os números são baixos e essa é uma das principais razões para que os salários dos portugueses também o sejam.

Em termos de infra-estruturas não nos podemos queixar pois ao longo dos anos têm-se notado o progresso mas que não é o suficiente para os portugueses terem um bom nível de vida.

Mas o crescimento de uma economia não se faz só de infra-estruturas. Também é importante para esse crescimento o progresso tecnológico, que têm vindo a aumentar mas em comparação aos outros países estamos muito abaixo das expectativas, e também é importante o capital humano. E é neste último que me vou centrar.

Na minha opinião este é um dos principais problemas do país sobretudo ao nível da qualificação técnica e formação intermédia. Para melhorarmos é preciso investir na Educação, é preciso considerar a dimensão qualitativa da educação e é preciso combater a elevada taxa de abandono escolar.

Ao longo destes últimos anos muito se trabalhou nas universidades, para a implementação de uma reforma que tem como objectivo central, o estabelecimento de um Espaço Europeu de Ensino Superior corrente, compatível, competitivo e atractivo para os estudantes.

Numa altura em que a prioridade é investir no Ensino Superior tendo em conta que o Processo de Bolonha está a ser implementado e que é preciso apostar-se na formação dos docentes para poderem aplicar este novo conceito, o estado sem meias medidas faz um corte orçamental de cerca de 14% no ensino superior.

E eu questiono me como é que as universidades e os politécnicos vão resistir?

Que medidas é que estes espaços vão tomar para sobreviverem a estes cortes?

Será que é com a dispensa de funcionários, a qual vai aumentar a taxa de desemprego?

Ou será que as condições físicas e humanas que Bolonha necessita, serão esquecidas e tendo em conta isso, a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior dará nota negativa às instituições e aos cursos?

Sinceramente, é altura de este governo apostar e investir no ensino em vez de cortar, tendo em conta, que nestes últimos dois anos muito pouco se fez, e não esquecendo que uma aposta num ensino credível e de qualidade será uma aposta no futuro dos portugueses.

Finalizando, queria salientar que é vergonhoso a forma como a Assembleia da Republica tratou da petição para o Curso de Medicina no Algarve. Francamente as quase 10000 assinaturas conseguidas pelo trabalho, esforço e dedicação dos elementos da JSD resumiram-se a meia dúzia de minutos, os quais nem deram para explicar os nossos motivos e as nossas preocupações em termos de saúde na nossa região.

Enfim, esta é a nossa democracia.

Eduardo Gonçalo de Almeida
Coordenador do Ensino Superior da JSD Algarve

quarta-feira, janeiro 17, 2007

ACÇÃO DE FORMAÇÃO


A JSD vai levar a efeito no próximo dia 3 de Fevereiro (Sábado), na sede do PSD/Faro uma Acção de Formação que contemplará os seguintes módulos:


I - Fundamentos da Social Democracia
II - Marketing Político


Esta actividade está limitada a 25 inscrições e terá inicio às 15H30.


Poderás fazer a tua inscrição até ao dia 26 de Janeiro para: jsd.faro@gmail.com

segunda-feira, janeiro 08, 2007

CRISTÓVÃO NORTE RESPONDE AO DEPUTADO SOCIALISTA HUGO NUNES

A propósito da discussão da Assembleia da República do Curso de Medicina na UAlg...

Na passada Sexta-Feira, dia 5 de Janeiro, realizou-se em sessão plenária da Assembleia da República, o debate sobre a petição “Curso de Medicina Já”, apresentada pela JSD Algarve, que reuniu cerca de 9.500 assinaturas. Recorde-se que o resultado desta iniciativa lançada pelos jovens social-democratas algarvios já tinha sido entregue ao Presidente da Assembleia da República, Dr. Jaime Gama, em Julho e que os peticionários já tinham sido ouvidos pela Comissão de Ciência, Educação e Cultura, aproveitando a ocasião para expor circunstanciadamente os motivos da sua pretensão.


Instado a pronunciar-se sobre o debate que teve lugar na Assembleia da República, Cristóvão Norte, primeiro subscritor da petição e ex-líder da JSD Algarve reconhece que “o tempo dispensado à discussão – dois minutos e meio para cada grupo parlamentar – é um atentado às legítimas expectativas dos subscritores e o símbolo do embuste democrático que corrói a Assembleia da República”. Ressalva, contudo, que a petição foi “indiscutivelmente apoiada pelas posições do PSD (Mendes Bota), CDS-PP (Abel Baptista), PCP (Bernardino Soares) e BE (João Semedo), reproduzindo o consenso que felizmente havíamos constatado no Algarve”. Porém, sublinha de forma cáustica “a «ausência» do PS no debate, que teve como corolário uma angustiante intervenção do deputado Hugo Nunes”.

A este propósito, Cristóvão Norte, refutando as críticas de que foi objecto a petição por parte do PS, deixa a seguinte interrogação “se a petição é despropositada e extemporânea, como foi classificada por Hugo Nunes, porque é que o PS a votou por unanimidade, ao lado do BE, do PSD e da CDU, na Assembleia Metropolitana (AMAL), e em todas as assembleias municipais da região, sem excepção, em que foi apresentada?”.

Cristóvão Norte ironiza “parece que o senhor deputado gosta, sozinho, de combater moinhos de vento” e que “felizmente, os seus camaradas algarvios actuam de maneira diferente”. Remata afirmando que “a religião dos deputados do PS pelo Algarve é o PS, não é o Algarve”, e exemplifica com a posição tomada aquando da votação da Lei das Finanças Locais em que quinze dos dezasseis municípios algarvios vão ser severamente prejudicados.

Cristóvão Norte adverte que “esta é inequivocamente uma causa que deve congregar as energias regionais”, lançando o apelo para que “não nos deixemos guiar pela ânsia de protagonismo fácil, porque estamos perante uma batalha que a Universidade do Algarve já trava há oito anos” e esclarece que “à Universidade do Algarve compete reunir as condições técnico-pedagógicas para que o curso possa ser ministrado, mas aos partidos e dirigentes políticos impõe-se uma actuação concertada para que se consiga sensibilizar o governo, independentemente da sua cor política”.

Em jeito de conclusão, Cristóvão Norte sustenta que “do ponto de vista político, esta petição recolocou o assunto na agenda, mas agora que estamos numa fase crucial devem-se multiplicar as manifestações favoráveis à criação do curso de medicina no Algarve”, afirmando-se confiante quanto à concretização deste projecto, já no decurso desta legislatura.

sexta-feira, janeiro 05, 2007

CURSO DE MEDICINA FOI DEBATIDO NA ASSEMBLEIA DA REPUBLICA

Teve lugar esta manhã o debate parlamentar sobre a Petição “Curso de Medicina no Algarve, Já!”, promovida pela Juventude Social Democrata algarvia, e que recolheu mais de 9.500 assinaturas de cidadãos das mais diversas tendências.
O deputado Mendes Bota insurgiu-se contra a forma como as diversas Petições foram tratadas na agenda parlamentar, afirmando:
“Recuso o impossível, que é fazer num minuto uma abordagem à altura da importância e do significado colectivo, de uma questão como a da criação do Curso de Medicina na Universidade do Algarve.

E lavro daqui o meu protesto, e questiono esta Assembleia, se pretende continuar a tratar as Petições subscritas por milhares e milhares de cidadãos, desta forma menorizante, reduzidas às cinzas parlamentares da sexta-feira de manhã, sem um tempo de debate minimamente sério e condigno para tratar qualquer assunto que seja, e sem qualquer consequência deliberativa que defina claramente o posicionamento desta câmara perante os factos que lhe são expostos.”

E acrescentou mesmo: “Tal como está, o instrumento da Petição cria falsas expectativas junto da sociedade portuguesa, e é tratado de forma lenta, burocratizante e, diria mesmo, com alguma falta de respeito e sensibilidade para com os esforços de auto-mobilização dos cidadãos, que acreditam na capacidade da Assembleia da República como fonte de apelo para a resolução dos seus problemas.”

Para Mendes Bota, a ”criação do Curso de Medicina na Universidade do Algarve, é uma questão que reúne um amplo consenso político na sociedade algarvia.”

Para terminar de forma pouco habitual: “Agrilhoado pelo cronómetro, resta-me informar que irei entregar na Mesa, a título de informação, e divulgar publicamente, a intervenção que gostaria de ter feito, e não pude, em defesa desta causa justa, urgente e necessária.”

E qual era essa intervenção, que Mendes Bota gostaria de ter feito, e não pôde? É a que a seguir se transcreve na íntegra:

“Os números estão aí, e não mentem. Na região de Lisboa há 5 médicos por 1.000 habitantes, na União Europeia há 3,3, em Portugal inteiro há 3,1, e no Algarve, apenas existem 1,9 médicos por 1.000 habitantes.

Mas este rácio algarvio é mais grave ainda do que aparenta. Tem em conta os quatrocentos mil residentes. Mas ignora que existe uma população flutuante em permanência, que se contabiliza em muitas centenas de milhares de cidadãos, nacionais e estrangeiros, também eles carecidos de estruturas e de cuidados de saúde.

Só no aeroporto de Faro, entre Junho e Setembro de 2006, foram quatro meses a desembarcar entre 600.000 e 700.000 passageiros por mês. Acrescem os turistas que cá chegam por outros meios de transporte, e há que considerar o fenómeno do alojamento turístico não classificado que, seguramente, mais do que duplica a oferta de alojamento classificada.

Aí está matéria estatística para ser aprofundada, já que é a estatística que invoca quem pretende obstaculizar a criação do Curso de Medicina na Universidade do Algarve

Este é mais um dos muitos retratos possíveis do centralismo reinante em Portugal, e onde o Algarve fica, uma vez mais, em último lugar.

Portugal tem 2 Faculdades de Medicina em Lisboa, 2 no Porto, uma em Braga, uma em Coimbra e uma em Viseu. Poderíamos acrescentar ainda, uma em Santiago de Compostela e outra em Praga. Mas do Tejo para baixo, o ensino da Medicina é tabu. Ou seja, metade do país. O Algarve fica a 300 Kms da escola de medicina mais próxima.

O problema da cobertura de médicos em Portugal tem muito a ver com a fixação dos licenciados, e esta tem a ver com a localização das estruturas de formação. Não é por acaso que 70% dos licenciados da Universidade do Algarve, oriundos de outras partes de Portugal, acabaram por se fixar no Algarve.

Curiosamente, este “efeito Califórnia”, que se verifica na atracção de quadros superiores em sectores como o Turismo, o Comércio, os Serviços e a Indústria, estrangeiros e nacionais, para se estabelecerem no Algarve, não se tem verificado no sector da Medicina, porque os pólos de atracção estão longe, em Lisboa, Coimbra, Porto e outras cidades do norte e do centro de Portugal.

A forma como se trata o sector da Saúde, é um factor de competitividade para uma região turística, que lhe traz um universo acrescido de pacientes.

A construção do Hospital Central do Algarve é, a par da Barragem de Odelouca, a obra prioritária desta Região. Um Curso de Medicina associado a esta infra-estrutura seria ouro sobre azul, no que significa de disponibilidade de estruturas físicas, e meios humanos e funcionais. Mas, será bom que fique claro desde já, mesmo que a construção do Hospital Central do Algarve se atrase, nada impede a utilização dos actuais hospitais de Faro e do Barlavento Algarvio para aquele efeito.

O numerus clausus no ensino da Medicina, tem sido um autêntico muro de Berlim para milhares de estudantes de elevado potencial, que assim se viram excluídos da sua vocação.

Há graves carências de pessoal médico na maior parte do país e, entre 2013 e 2020, prevê-se que um número significativo de médicos entrará para a reforma.

Importa, por isso, analisar o papel de um novo Curso de Medicina neste contexto. Onde estamos?

A Universidade do Algarve apresentou a sua proposta ao governo em 31 de Janeiro de 2006. Esta foi avaliada pela Comissão Internacional de Avaliação do Grupo de Acompanhamento para a Saúde, e foi classificada no parecer emitido como “a mais inovadora que a Comissão jamais avaliou, bem escrita, bem documentada, com imaginação e com clareza”.

Mais se acrescentava neste parecer que, apesar de se reconhecer que as 7 escolas médicas de Portugal, já ultrapassam o rácio recomendado de uma escola médica por 2 milhões de habitantes, a Comissão estaria a disposição de aprovar “propostas com objectivos não meramente quantitativos, mas que iniciem uma experiência fortemente inovadora com fortes impactos sistémicos”.

Nesse parecer foram formulados alguns reparos, que têm levado a Universidade do Algarve a reformular a proposta inicial, reforçando o número de académicos em medicina clínica envolvidos no Curso, e estabelecendo protocolos de colaboração com outras instituições do ensino de saúde, como a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa.

Esta proposta reformulada será entregue à Comissão de Avaliação ainda no corrente mês de Janeiro.

O governo aposta na inovação? Nós também! Pois aqui está um curso inovador….

Desde logo, porque representará uma experiência-piloto em Portugal dos mais recentes avanços na metodologia do ensino da medicina, já consolidados e provados nos países nórdicos e anglo-saxónicos.

O facto de ainda não existir no Algarve qualquer outra estrutura do ensino clássico da Medicina, é uma vantagem competitiva, por não ter que se lidar com muitos interesses estabelecidos.

A inovação deste curso de quatro anos, destinado a uma entrada anual de 25 alunos, para além de um plano curricular e métodos de ensino inéditos em Portugal, reside também nas condições de admissão:
-ter no mínimo um grau de bacharelato numa das ciências relevantes para a Medicina;
-ter uma nota mínima de 15 na disciplina de Química, no 12º ano do ensino secundário;
-ter um mínimo de seis meses de experiência de assistência de enfermagem num estabelecimento clínico acreditado;
-ter um bom desempenho escrito e falado na língua inglesa.

É um processo de recrutamento que privilegia as qualidades humanas dos candidatos, e o ensino clínico sustenta-se em tutores com vasta experiência de medicina geral e familiar, e é essa a grande aposta do Curso de Medicina proposto pela Universidade do Algarve. Faz falta um curso destes. Repare-se que, mesmo no Algarve, só existem 300 médicos em medicina geral e familiar, mas há 400 médicos especializados só nos hospitais de Faro e Portimão.

Este, é um dos principais problemas do sistema de saúde português: existem muito mais médicos em especialidades hospitalares do que em medicina geral e familiar. Está tudo ao contrário. A pirâmide está invertida.

Aqueles que pensam que podem resolver o vazio de médicos previsto para a vaga de aposentações dos anos 2013 a 2020, ou que os desequilíbrios da distribuição de médicos, se resolvem aumentando o número de estudantes nas escolas existentes, só irão agravar o problema, pois a concentração de jovens médicos próximos dos locais de formatura tenderá a acentuar-se.

E o problema da escassez de médicos em áreas como o Algarve, tenderá a agravar-se. Isto tem um efeito perverso, e o sr. Ministro da Ciência e Tecnologia não pode ignorar esta realidade. Pode não querer mais Faculdades de Medicina. Mas do que estamos a falar, é de um Curso, que poderá resolver uma grave carência da região do Algarve.”

terça-feira, janeiro 02, 2007

Curso de Medicina no Algarve. Que Futuro?

Como é do conhecimento geral, a JSD/Algarve, tem vindo a travar uma batalha com o intuito de descentralizar a localização dos cursos de Medicina acima do Tejo, sendo a Universidade do Algarve, há muito negligenciada nesse aspecto e em particular, como é óbvio, os estudantes interessados em optar por essa profissão.

A JSD/Algarve através da reunião de 9.500 assinaturas, apresentou esta moção em Outubro na Assembleia da República, tendo os Ministros da Educação e da Saúde, reconhecido que de facto há essa necessidade, visando a possibilidade de este ser implementado no Algarve, após a construção de um Hospital Central, o qual está previsto para 2007.

Como tudo, agora, que já atingimos com muita luta e trabalho árduo este patamar, não podemos deixar que fique negligenciado e esquecido por entre outros inúmeros assuntos.

A JSD/Algarve defende piamente a implementação do Curso de Medicina na Universidade do Algarve, baseando-se em factos concisos e irrevogáveis, nomeadamente, como já foi mencionado, a inexistência de cursos de Medicina a sul do Tejo, forçando os estudantes a deslocarem-se da sua região, os quais, na sua maioria, já se comprovou através de um estudo estatístico, após deixarem as suas casas para estudar fora, dificilmente regressam. Isto porque, mantêm-se fora de casa durante diversos anos, altura mais propícia a haver desenvolvimentos a nível pessoal, profissional e social, criando raízes no local onde estudaram e “cresceram”, deixando de parte o regresso a casa.

Como tal, verifica-se que, caso houvesse o Curso de Medicina no Algarve, os jovens que o iriam frequentar, possivelmente permaneceriam na zona, colmatando as lacunas que existem nos hospitais, e que nos fazem recorrer aos médicos estrangeiros. De momento, em termos estatísticos por cada 100 habitantes existe 2,7% de médicos e em alturas de afluência turística 1,5%.

A sua permanência no Algarve, iria aumentar a qualidade de vida, pois para além dos próprios estudantes beneficiarem com a situação, o mesmo sucederia com os habitantes, assim como o turismo em si. Isto porque, cada vez mais tem vindo a ganhar terreno o turismo de saúde e de terceira idade, que em primeira instância tem como prioridade ao optar por um país de destino, aquele que lhe proporciona todas as condições que necessita.

Perante todos estes factores, é importante dar seguimento a esta petição, pois são várias as vertentes que beneficiam com esta acção.

No próximo dia 5 de Janeiro irá ser debatido este assunto na Assembleia da Republica, esperamos que os nossos Governantes tenham a noção de como o Algarve está necessitado nesta área, e não o coloquem na gaveta como têm feito com outros projectos preponderantes para a nossa Região.

P’la Comissão Politica da JSD Algarve

Ana Carina Santos
(Secretária Geral da JSD Algarve)