sexta-feira, fevereiro 22, 2008

CURSO DE MEDICINA CONTINUA NA GAVETA DO GOVERNO

A Comissão Política Distrital do PSD/Algarve deliberou exprimir um voto público de protesto contra o prolongado alheamento do Governo face a uma das mais ansiadas pretensões dos algarvios: a criação de um Curso de Medicina na Universidade do Algarve.

É absolutamente incompreensível que, segundo as palavras do próprio Reitor deste estabelecimento do Algarve, o processo do Curso de Medicina no Algarve tenha o parecer positivo da comissão de avaliação competente, e o Governo persista em travar o a aprovação do mesmo, permitindo que o mesmo seja uma realidade, com Hospital Central do Algarve ou não.

O PSD relembra que a Juventude Social Democrata do Algarve promoveu, já em 2006, a petição “Curso de Medicina já!”, que recolheu mais de 9500 assinaturas, só na Região. Esta iniciativa, a que se juntaram posteriormente as moções sobre esta matéria, aprovadas nas Assembleias Municipais de diversos municípios algarvios, visavam sensibilizar o Governo para, no decurso desta legislatura, criar o Curso de Medicina na Universidade do Algarve.

Aquando da entrega da referida petição na Assembleia da República, é de referir que o Grupo Parlamentar do Partido Socialista foi o único que, para além de não ter recebido a JSD/Algarve, não respondeu ao pedido de audiência enviado por esta juventude partidária em carta registada, demonstrando assim um perverso acto de autismo e sobranceria politica, o que sublinha o desprezo do PS pela vontade manifestada pelos milhares de algarvios que pugnam por esta causa.

A potencialidade turística internacional que tantos impactos positivos induz na economia nacional, justifica a aposta num serviço de Saúde de qualidade que, além da exigência de um novo Hospital Central, impõe a existência de mais médicos face às necessidades de modernização da nossa precária rede hospitalar?
É aberrante a assimetria numérica de médicos por mil habitantes entre as regiões centrais e periféricas. Sendo que, em Lisboa, por exemplo, por cada 1000 habitantes há 5 médicos, ao passo que, no Algarve, para a mesma proporção, não se chega aos 2 médicos por 1000 habitantes. Sublinhe-se esta invulgar discrepância: Portugal tem uma média de 3,1 médicos por 1000 habitantes, a União Europeia tem 3,3 e o Algarve tem 1,9. Elucidativo!

Mais grave se torna esta divergência quando as estatísticas oficiais não agregam a população flutuante. Se o fizessem, o Algarve, no contexto da União Europeia, ocuparia um vergonhoso lugar na tabela.

Neste sentido, a Comissão Política Distrital Alargada do PSD/Algarve aprovou um voto de protesto, considerando inqualificável a forma como o Governo se tem debruçado sobre esta matéria, adiando sucessivamente a criação deste importante curso na região, a que se junta o silêncio e a passividade incompreensível dos deputados socialistas algarvios e demais responsáveis políticos do PS que, no seu manifesto eleitoral tanto enfatizaram a importância da criação do Curso de Medicina no Algarve.

É este o “Estado da Região” a que a governação socialista nos tem conduzido. Muita propaganda, recordes de passeatas de ministros e secretários de estado ao Algarve, muita parra, e uva nenhuma. Investimentos nulos. Decisões relevantes congeladas.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

“ A Imigração é Uma Oportunidade para os Países de Destino”

Manuel Jarmela Palos
in Boletim Informativo do ACIDI, n. 57



O ACIDI – Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, em parceria com o Instituto Português de apoio ao Desenvolvimento e com a Associação dos Imigrantes nos Açores, inauguraram no dia 24 de Janeiro, na Cidade da Praia, Cabo Verde, o CAMPO - Centro de Apoio ao Migrante no País de Origem. Tem como vantagem fornecer ao imigrante de forma gratuita, credível e actualizada, informações sobre a entrada e a permanência em Portugal, assim como sobre as estruturas de apoio às quais é possível recorrer. A partir deste momento, qualquer cidadão cabo-verdiano que pretenda emigrar ou viajar para Portugal poderá ser informado neste centro sobre todos os procedimentos regulares em Portugal. Terá acesso a todos os requisitos para a entrada e permanência regular em Portugal.

Estas iniciativas deveriam de ser alargadas a todos os países com um forte índice de emigração, nomeadamente, Brasil, Marrocos, Moldávia, Ucrânia e Rússia. Evitando assim a permanência de pessoas ilegais no nosso pais, eliminando a falsificação de documentos e o factor mais importante o tráfico de pessoas.

Esta medida ao ser alargada, iria eliminar certos problemas tanto a quem emigra como ao país que os acolhe. Pessoas estas que, procuram um bem-estar mais satisfatório ao que têm no seu pais.

Além disto, não nos podemos esquecer das entidades empregadoras, que ao contratarem pessoas ilegais estão sujeitas a contra ordenações altíssimas e debatem-se com a falta de mão-de-obra nacional como é o caso do ramo agrícola e o da construção civil.

Desta forma temos que admitir que a imigração em Portugal é uma mais valia para todos nós, como nós fomos para quem nos acolheu.

Isabel Cavaco - Vogal da Comissão Politica da JSD Algarve