domingo, julho 23, 2006

A proposta de criação do curso de Medicina, apresentado pela Universidade do Algarve ao Governo, já previa que só poderiam candidatar-se ao curso alunos já licenciados e que demonstrassem vocação para ser médicos.

O documento entregue ao ministro da Ciência, Tecnologia e ENSINO SUPERIOR, no final de Janeiro, ainda está a ser avaliado pela comissão internacional sobre o ensino das ciências da saúde. Esta foi uma das últimas decisões de Adriano Pimpão, antigo reitor da Universidade de Algarve, cargo que neste momento é ocupado por João Guerreiro.

Este é considerado um dos projectos mais importantes do reitor que esteve oito anos na reitoria. O curso prevê um "um modelo inovador do ponto de vista pedagógico, que crie médicos mais próximos do doente e com uma formação generalista", afirmou ao DE Adriano Pimpão, responsável pelo lançamento do curso. Para isso o modelo escolhido é igual aos dos cursos de medicina das universidades do Canadá e Holanda Assim, o curso "só receberá candidatos que tenham um 1º ciclo (licenciatura), numa outra área. Uma formação que deve estar relacionada com cursos como Biologia, Enfermagem ou Ciências Biomédicas. Mais: os candidatos terão que ter passado seis meses numa unidade hospitalar. Com esta proposta, a universidade assegura "o compromisso assumido com a tutela, transversal ao actual e anterior Governo", avançando com um curso que segue as orientações definidas em legislação publicada em 1998, quando foram criados os cursos de medicina das universidades da Beira Interior e Minho. Nessa altura, o Governo exigiu que os novos cursos tivessem "um modelo inovador do ponto de vista pedagógico e um perfil médico mais próximo do doente, com uma formação mais generalista que possa fazer a primeira tiragem nos cuidados de saúde". "Seguimos modelo canadiano de formação de médicos já como uma pós-graduação", sublinha Adriano Pimpão.

O curso terá a duração de sete anos, seguindo o modelo de 3+4 o que significa que após terem terminado uma licenciatura numa área generalista, e caso entrem no curso, os alunos terão que completar mais 4 anos que lhes permitirão transformar-se em médico e ter um diploma de mestrado integrada . Uma estrutura que vai obrigar a uma alteração do modelo de acesso ao ENSINO SUPERIOR (já que até agora apenas eram tidas em conta as médias com que os alunos terminavam o ensino secundário). A prioridade é um ensino de qualidade e, por isso, no primeiro ano o curso abrirá apenas com 25 vagas, conclui. Também a Universidade de Évora está na corrida para a criação de um curso público de Medicina.

Exemplos para lá do Atlântico

EUA e Canadá - O acesso ao curso de Medicina é diferente nos dois lados Atlântico e foi do lado de lá do oceano que a Universidade do Algarve foi buscar a inspiração para a proposta que apresentou ao Governo. Ao contrário do que se passa nas Universidades europeias, o modelo aplicado nos Estados Unidos e Canadá passa pela frequência de um curso com grau de bacharelato antes da entrada em Medicina. Após a frequência de um curso relacionado com ciências, os alunos podem entrar numa corrida conhecida pelo elevado grau de competitividade, de grande exigência. Ao entrarem para o curso, os alunos têm de fazer quatro anos até adquirirem o grau 'medicai doctorate' (M.D). Embora de enorme exigência, este passo é considerado o nível básico nos Estados Unidos. As universidades públicas de Medicina são sustentadas pelo orçamento dos Estados Federais onde se situam.

Neste sentido, no concurso à admissão é dada preferência aos alunos residentes na área da universidade. O Canadá tem um sistema similar ao dos EUA, onde Medicina não é um curso de acesso directo. Para se candidatarem, os alunos têm de ter passado por um período denominado de pré-profissional. A duração é entre três e quatro anos, sendo necessário no mínimo o grau de bacharel na área de Ciências, Biologia, Química, Biologia ou Matemática.

Médicos de clinica geral reduzidos a metade

Na Saúde, o problema não é a falta de médicos, mas sim os desequilíbrios entre especialidades. O problema mais gritante está nos médicos de clínica geral. Estudos recentes dizem que, a manter-se o número actual de entradas nas faculdades de medicina e as saídas por reforma dos profissionais, dentro de uma década cerca de metade dos médicos de clínica geral estarão reformados, e sem um número correspondente de novos graduados.

A situação não é desconhecida do ministro da Saúde, que recentemente apontou o problema dos desequilíbrios na distribuição geográfica de médicos como uma das razões para a sobrecarga horária que muitas vezes é exigida aos profissionais. O trabalho e a consequente grossa fatia dos orçamentos dos hospitais para remunerar as horas extraordinárias é um dos aspectos que o ministro Correia de Campos tenciona abordar nos próximos meses.

De resto, já foi anunciada a intenção de revogar o diploma que faz com que os médicos recebam o vencimento em horas extraordinárias nas urgências pela tabela máxima de vencimento, ou seja, pelo regime das 42 horas semanais, mesmo para os que estão no regime de 35 horas por semana.

in: Diário Económico

sábado, julho 22, 2006

CURSO DE MEDICINA NO ALGARVE NAS MÃOS DE JAIME GAMA. Audição na AR marcada para 19 de Setembro.

A JSD Algarve entregou formalmente ao Presidente da Assembleia da Republica, Dr. Jaime Gama, a petição "Curso de Medicina Já" subscrita por cerca de 9500 cidadãos.

Segundo Cristóvão Norte, o líder da organização, "o Presidente da AR saudou a iniciativa, tendo-a considerado um salutar exemplo de participação cívica", informando desde logo que a audição dos peticionários na competente comissão terá lugar no dia 19 de Setembro.
Na audiência, que durou cerca de 30 minutos, a comitiva da JSD Algarve, constituída por Cristóvão Norte, Hélio Emídio, Rui André, Pedro Cláudio, Bruno Lage e Nuno Antunes, foi acompanhada pelo deputado algarvio Mendes Bota e por Daniel Fangueiro, Presidente da JSD nacional.

Durante a tarde, a comitiva da JSD Algarve foi recebida em audiência por representantes dos Grupos Parlamentares do PSD, CDS-PP, PCP e BE, tendo entregue a cada grupo um exemplar da petição com as respectivas assinaturas. Apesar de não se vincularem de forma absoluta e definitiva sobre o tema da petição, demonstraram abertura e, de uma forma geral, concordância com os fundamentos aduzidos pelos jovens sociais-democratas algarvios, nomeadamente no que concerne quer a preocupação expressa pelo défice de médicos com que o Algarve e cronicamente confrontado, quer a necessidade de o Governo agir para contrariar o cenário dramático que assola o Algarve.

Comentando o facto de o Grupo Parlamentar do PS não ter acedido a receber a comitiva da JSD Algarve, ao contrario de todas as forcas politicas com assento no hemiciclo, Cristóvão Norte catalogou a conduta do PS como "perverso acto de autismo e sobranceia politica" o que, na sua perspectiva, " sublinha o desprezo do PS pelo vontade manifestada pelos 9500 algarvios que pugnam por esta causa". O mesmo responsável esclarece que " não se tratava de ouvir a JSD, mas sim o que a nossa estrutura, como catalisador desta plataforma cívica, representa nesta matéria", alertando que o curso de medicina " não deve ser prejudicado por protagonismos estéreis". A finalizar, Cristóvão Norte entende que este acto e " um mau indicio que espero não queira dizer, ao contrario do o PS propôs no seu manifesto eleitoral, que não vamos ter curso de medicina na região" e assinala que "o PS, no seu discurso oficial, pede a participação dos cidadãos na causa pública, mas isso é só no discurso oficial".

sexta-feira, julho 21, 2006

PETIÇÃO "CURSO DE MEDICINA JÁ!" FOI ENTREGUE NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Uma delegação da JSD/Algarve, a que se juntou o líder da JSD Nacional, Daniel Fangueiro e o deputado algarvio Mendes Bota, entregou ontem na Assembleia da República a petição "Curso de Medicina já!", composta com 9522 assinaturas recolhidas nos últimos meses por todo o Algarve.

A referida delegação, após ter reunido e entregue pessoalmente a petição ao Dr. Jaime Gama (Presidente da Assembleia da República), reuniu-se com os Grupos Parlamentares do PSD, PCP, BE e CDS/PP, onde para além de terem elogiado o trabalho desenvolvido pela JSD/Algarve manifestaram o seu apoio e a sua solidariedade para com a necessidade de existir um curso de medicina no Algarve.



É de referir que o Grupo Parlamentar do Partido Socialista foi o único partido que para além de não ter recebido a JSD/Algarve, não respondeu ao pedido de audiência enviado por esta juventude partidária em carta registada na passada semana.

quinta-feira, julho 20, 2006

PETIÇÃO "CURSO DE MEDICINA JÁ!" É ENTREGUE HOJE NA ASSEMBLEIA DA REPUBLICA

A petição intitulada “Curso de medicina já”, da iniciativa da JSD/Algarve, vai ser entregue na Assembleia da República esta 5ª feira, anunciou na passada 6ª feira em conferência de imprensa realizada na Universidade do Algarve, o líder regional dos sociais-democratas Cristóvão Norte.
O que os jovens sociais-democratas pretendem é que se crie, na Universidade do Algarve, o curso de medicina, que advogam “configurar a única solução para contrariar o défice crónico de médicos de que a região padece” e evitar que se continuem a fazer sentir “ os efeitos prejudiciais na qualidade dos cuidados de saúde ministrados no Algarve”. Segundo Cristóvão Norte, a petição é subscrita por mais de “9500 assinaturas, que constituem uma viva manifestação da abrangência desta plataforma política e social que estamos empenhados em erguer”, configurando um “dos mais felizes episódios de demonstração de sentido cívico das populações que contribuíram para que fossem superadas as melhores expectativas”.
Cristóvão Norte comunicou ainda que ”por reunir mais de 4000 assinaturas, o assunto será, forçosamente, agendado em plenário da AR” e que “ a JSD já endereçou ao Presidente da Assembleia da República, bem como aos grupos parlamentares com assento no hemiciclo, um pedido de audiência para avançar os fundamentos da nossa pretensão”. Diz também Cristóvão Norte que tudo aponta para que o parecer da comissão técnica nomeada para avaliar a proposta apresentada pela Universidade do Algarve seja favorável, o que “remete a decisão política para o governo”. No entanto, a JSD/Algarve adverte que “ atendendo a que o curso de medicina constituiu um dos estandartes do PS nas últimas legislativas, não consentiremos que essa promessa vital para o progresso da região seja desprezada”.

domingo, julho 09, 2006

REGIONALIZAÇÃO EM DEBATE

O Gabinete de Estudos do PSD/ALGARVE vai levar a efeito no próximo dia 14 (6ª feira), às 21H30, na Biblioteca Municipal de Faro mais uma Conferência do Pontal subordinada ao tema “PORTUGAL e a EUROPA das REGIÕES”.

PROGRAMA

21H30 – Abertura da conferência e introdução ao tema pelo moderador, Eng. Luis Gomes, Presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António

21H40 – Intervenção pelo Dr. Mendes Bota, deputado à Assembleia da República

22H00 – Intervenção pelo Dr. Luis Filipe Meneses, Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia

22H20 – Intervenção pelo Senador da Catalunha Lluis Maria de Puig, presidente da Delegação de Espanha na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, e relator sobre “A Regionalização na Europa”

22H50 – Início do debate (perguntas formuladas pela assistência e respostas pelos conferencistas)

A entrada é livre!