sábado, fevereiro 17, 2007

"DESPORTO"

A última noite do Liverpool no Algarve – onde estagiou durante esta semana – foi bastante agitada, com vários jogadores a protagonizarem situações vergonhosas que só terminaram com intervenção das autoridades perto das 4 horas de sexta-feira.

Segundo o relato de testemunhas, os jogadores aproveitaram o facto de o técnico Rafa Benítez ter ido a Vilamoura para se divertirem. Porém, entre os 15 futebolistas que se deslocaram ao bar Monty’s, em Vale do Lobo, alguns ficaram fora de controlo.

A bebida mais ingerida no bar foi cerveja, sendo que várias estrelas perderam a conta às rodadas e ao norte. Para evitar problemas, os britânicos foram “convidados” a abandonar o local, mas isso não seria sinónimo do fim da confusão. Bem pelo contrário, pese os esforços do capitão Gerrard e de Peter Crouch.

Quando chegaram aos apartamentos do empreendimento Barringtons, os jogadores mais embriagados (Dudek, Fowler e Pennant faziam parte do lote) trataram de danificar carros, caixas de electricidade e até o interior de algumas casas, utilizando para o efeito tacos de golfe!

A situação só serenou após a chegada da GNR que, pelo meio, teve de algemar Dudek ) que tentou dar uma cabeçada a um polícia. Tudo perante a incredulidade de várias testemunhas.
in RECORD

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

CONSELHO DISTRITAL ESTA 6ª FEIRA

Ao abrigo dos Estatutos Nacionais da JSD e Regulamentos aplicáveis, convoca-se o Conselho Distrital da JSD/Algarve, para reunir no próximo dia 16 de Fevereiro de 2007 (6ª feira), pelas 21H30, na sede do PSD/Algarve, sita na Rua Projectada à Rua de São Luís, n.º 1, em Faro, com a seguinte ordem de trabalhos:

1 - Eleição dos Delegados da JSD/Algarve à Assembleia Distrital do PSD/Algarve;
2 - Discussão e votação do Plano de Actividades da JSD/Algarve e seu Orçamento para 2007;
3 - Análise da situação Política;
4 - Outros assuntos.

Notas:
- O acto eleitoral decorrerá entre as 21H30 e as 23H00;
- As listas candidatas, deverão ser entregues conforme os Estatutos, até às 24 horas do terceiro dia anterior ao acto eleitoral.

O Presidente da Mesa do Conselho Distrital
Bruno Lage

terça-feira, fevereiro 13, 2007

A DERROTA DE SÓCRATES

A ter que haver vencedores e vencidos políticos no referendo à interrupção voluntário da gravidez, o vencedor foi Francisco Louça e o Bloco de Esquerda e grande vencido é José Sócrates e o Partido Socialista.

Louça, político astuto e com uma clara visão do futuro (do seu partido), começou a cavalgar no momento certo para a questão da defesa da interrupção voluntária da gravidez. Fê-lo de uma forma pública muito inteligente chegando mesmo a defender que esta questão poderia ser resolvida no parlamento, sem necessidade de uma consulta prévia ao povo português através de referendo. Investiu nesta campanha e foi o principal mentor da maioria dos movimentos cívicos formados em torno do voto no SIM. Deu a cara e marcou a agenda mediática do SIM. Foi o rosto desta campanha e colocou esta questão como um objectivo principal do seu partido. Na hora do escrutínio dos votos, com uma vitória expressiva do SIM, num referendo não vinculativo, Louça surgiu a fazer uma declaração com toda a legitimidade de quem tinha dado os passos certos antes e durante a campanha. O Bloco de Esquerda irá agora certamente insistir para que a lei seja feita o quanto antes por forma a colher ainda mais os louros desta vitória.

Por oposição, o Partido Socialista irá tentar “empatar” a aprovação da nova lei por mais alguns meses. E isto porque, de uma forma encapuçada, perdeu este referendo. O PS e José Sócrates perderem este referendo porque a origem sua realização teve também motivos políticos. Sócrates ganhou a maioria absoluta com votos do centro esquerda e do centro direita. E o centro político português, aquele que oscila o seu voto entre PS e PSD teve também muitos votantes no Não, e Sócrates sempre teve receio de “beliscar” esse eleitorado com uma questão tão sensível. É por isso que o PS nunca teve a coragem de fazer aprovar a lei da interrupção voluntária da gravidez na Assembleia da República. Estar a faze-lo, sendo detentor de maioria absoluta, estaria a chamar a si essa responsabilidade e esse pendor, algo que nunca quis pois significaria perder votos e perder votos poderia significar perder a maioria absoluta na próxima legislatura, algo que o PS julga ter como (quase) garantido. Este resultado foi portanto um reverso nas pretensões do PS que as viu a ficar a 6,39% de serem atingidas. Por este valor o referendo não foi vinculativo. A constituição é clara nesse aspecto e diz que para ser vinculativo a consulta popular necessita obrigatoriamente de ter metade dos eleitores mais um. Naturalmente que há uma leitura política e democrática a fazer destes números e essa leitura é naturalmente a que levará a alterar a lei, no entanto a lei não foi nem será alterada por vontade dos portugueses expressa em referendo, a lei será alterada por voto na assembleia da república e ai forçosamente o PS de José Sócrates terá de votar favoravelmente e chamar para si, para o bem e para o mal, o cunho desta lei. Sócrates queria exactamente o contrário. Queria que o SIM ganha-se mas num referendo vinculativo, assim a lei seria alterada por força de referendo ficando o PS “desculpado” dessa questão e sairia vitorioso porque havia sido ele a levantar novamente esta problemática.

Assim sendo a questão da regulamentação da lei pode ser importante para o PS tentar aliviar a sua responsabilidade, e Sócrates já deu sinais dessa vontade no seu discurso na noite da “vitória”. E tão estranho que foi. Foi estranho ver um Sócrates conciliador e com vontade de respeitar as partes quando no seu mandato tem feito questão de dar pouca credibilidade as propostas da oposição. Também o PSD tem uma palavra a dizer na questão da regulamentação e Marques Mendes tem aqui a oportunidade de marcar a agenda política depois de ter passado completamente ao lado deste referendo.

Politica à parte, a verdade é que o povo português que votou deixou bem expressa a sua vontade e neste momento esperasse por parte da classe politica a serenidade e a elevação que o tema merece no debate a realizar na Assembleia da República.


Bruno Inácio
CPS JSD Loulé

SISMO

O Instituto de Meteorologia informa que no dia 12 / 02 / 2007 pelas 10:36 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 5,8 (escala de Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 160 km a SW de Cabo S.Vicente.

Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, foi sentido com intensidade máxima V (escala de Mercalli modificada) na região do Barlavento Algarvio e não causou estragos nas construções de média qualidade. Foi ainda sentido no Alentejo e na Região de Lisboa com a intensidade IV.

Referendo Nacional 2007

-Total do País

Sim – 59,25%
Não – 40,75%

-Algarve

Sim – 73,64%
Não – 26,36%

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Onde pára a Juventude Tavirense

Desde há dez anos a esta parte, que Tavira cresceu a todos os níveis, brutalmente e no bom sentido da questão. Vejamos pois que até os nossos turistas portugueses ou nem por isso, quando lhes falamos na cidade, são unânimes em afirmar que está muito mais bonita e desenvolvida.

No verão por exemplo é ver as ruas repletas de gente, muita juventude que vem desfrutar das belas praias e sente-se alegria numa cidade que se quer viva todo o ano.

Mas...chegado o mês de Setembro, tudo volta à normalidade, as aulas recomeçam, o biquini e a toalha de praia guardam-se até ao ano que vêm.

Aqui coloca-se a primeira questão sobre a juventude tavirense, para onde vão e onde ocupam os tempos livres, os jovens a partir dos 16 e mesmo os de 20 anos para cima?

Claro que é sabido que a grande maioria dos adolescentes e até os mais velhos passam horas agarrados aos vídeo/jogos e em frente ao computador. Até aqui nada de estranho, pelo menos durante a semana de aulas e de trabalho, depois de um cansativo dia.

Só que chegados ao fim-de-semana os adolescentes e mesmo os que já não o são, saem à noite, querem ir dançar um pouco e porque não tomar um copo com os amigos, desde que , claro, com moderação, não vem mal nenhum ao mundo por isso e até pode ser bom para descontrair e esquecer o stress diário. Aqui começa a verdadeira “saga” da cidade de Tavira que tem uma vida nocturna e de diversão deprimente.

Vejamos: os bares apenas têm licença para estarem abertos até às duas da manhã, seja Verão ou Inverno e como é sabido, às duas da madrugada a um sábado à noite, entre amigos, é a noite uma criança, estabelecimentos de diversão nocturna, são poucos e alguns com um ambiente pouco recomendável, discotecas existe apenas uma e é do conhecimento geral que a música não atraí o público e é ver quase que as escolas do primeiro ciclo a frequentar a discoteca local, tal é o ambiente jovem do sítio.

Depois há ainda as associações, clubes e colectividades que vão tendo algumas iniciativas próprias para os jovens e nem mesmo assim, esta camada social se faz apresentar em causas desportivas ou culturais a menos que se convidem os grupos musicais do momento e que os fazem delirar, mas é só!

Pode-se aqui colocar duas questões. Porque é que a juventude anda com tanta falta de iniciativa para participar ou aparecer em algum evento, o que se passa com os jovens de uma cidade que tem tanta juventude entre os 16 e os 30 anos?

A outra e fundamental questão, é a falta de locais de diversão e confraternização agradáveis de estar à conversa ou mesmo dançar ou simplesmente ouvir musica entre amigos.
Fica quem sabe o mote para algum leitor que gostasse de apostar em Tavira, com algo inovador, direccionado para a juventude.

Sofia Minhalma - Presidente da JSD Tavira

Avaliação dos Professores

Temos assistido, quase todos os dias a noticias sobre a nova Lei de bases do sistema educativo, onde se engloba o assunto mais debatido nos últimos meses, a avaliação dos Professores.

Os Professores têm vindo a ser brutalmente banalizados por esta suposta Ministra da Educação, que a única coisa que faz é denegrir a imagem dos Professores. Vejamos, há poucos anos, um Professor era visto como um exemplo a seguir pela sociedade, pessoa de bem, trabalhadora, aplicada. Neste momento um Professor é visto como preguiçoso, incompetente, … Esta Ministra orgulha-se de ter os Professores contra ela, satisfazendo-se apenas em ter os Encarregados de Educação do seu lado.

Muito bem, se a Educação em Portugal deve ser comandada pelos Encarregados de Educação, eu pergunto, qual será o Encarregado de Educação que quer que o seu filho fique retido? Esta Ministra está de parabéns, pois descobriu a fórmula, para o sucesso total do ensino Português.
Relativamente ao tema que abordei, a Avaliação dos Professores, estes já são avaliados diariamente. Senão vejamos:
- No dia em que os resultados dos exames são afixados é o Professor que está em causa, não é o aluno, caso os resultados sejam maus é o professor que é o responsável, não o aluno.
- No dia em que os órgãos de gestão analisam os resultados, é o professor que está em causa, não são os alunos.
- O controlo, a guerra pelas notas por parte dos alunos do secundário (e não só) leva a um grau de exigência enorme por parte destes e dos encarregados de educação sobre a actuação e competência científica do docente.

É portanto ridículo falar em não avaliação dos Professores.Claro que se pode questionar as consequências deste processo para os professores? Existem factores a alterar. O que acontece aos docentes "maus"? (existem, como existem em todas as profissões). É por isso, que nunca ouviram nenhum Professor a dizer: “Não, não quero ser avaliado!”.

Deve haver avaliação dos Professores, bem como a todos os funcionários públicos, mas exigem-se parâmetros de avaliação justos e em que enalteçam a tão nobre missão de encaminhar os nossos jovens para o futuro de sucesso e prosperidade.

Fábio Bota - Professor
Presidente da JSD Algarve

sábado, fevereiro 03, 2007

GOVERNO VIRA COSTAS A ALJEZUR

Em resposta a um requerimento do deputado Mendes Bota, que havia questionado o governo sobre a construção da Variante de Aljezur e do IC4, e da proibição de circulação de tráfego pesado pelo centro daquela vila algarvia, foi obtida uma resposta pouco satisfatória para os interesses das populações daquele município, e que se anexa.

Assim, ficou-se a saber que:

1- O governo exclui a possibilidade de construção da Variante de Aljezur;
2- O governo ordenou a execução de mais um estudo de impacto ambiental, atirando a obra do IC4 para data incerta;
3- O governo recusa-se a desviar o tráfego pesado do centro de Aljezur.

Más notícias, portanto. Infelizmente. Vai-se tornando um hábito, no Algarve.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Intervenção do Deputado Mendes Bota no Debate sobre o Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN)

Senhor Presidente
Senhoras e Senhores Deputados

Ao contrário de outros Quadros Comunitários de Apoio, o Quadro de Referência Estratégica Nacional, vai decorrer num contexto macro-económico bastante mais desfavorável para Portugal, com a economia portuguesa a crescer de forma divergente relativamente à União Europeia, e sujeita à pressão da globalização e do alargamento.

Em 2000, tínhamos um PIB per capita de 81% da média comunitária a 25 países. Hoje, estamos na casa dos 71%. Afastámo-nos da Europa no crescimento económico, nos salários reais, na balança comercial, na dívida pública, no investimento e na competitividade.

Portugal só convergiu com a Europa na taxa de desemprego e na carestia de vida.

O país precisa de um choque de audácia e de novas fórmulas. Mas o QREN não apresenta novidades nem nas palavras, nem nos ingredientes. Inovação, tecnologia, recursos humanos, formação, requalificação, apostas, prioridades, coesão, desafios, competitividade, já lá estava tudo vertido no texto de 2000.

Só que estão metidos numa nova roupagem. O governo apresenta-se como inovador, mas basta abrir o embrulho do QCA III, ainda em armazém, para constatar que se trata do mesmo produto, agora nas mãos de um verdadeiro especialista da embalagem e do telemarketing.

E, naquilo em que é diferente, o QREN representa um retrocesso para a economia e o desenvolvimento equilibrado do país, e um passo atrás na gestão democrática dos fundos.

O Fundo de Coesão é um instrumento muito importante no combate às assimetrias regionais. É um elemento essencial entre a coesão e a competitividade. Pode o país evoluir na competitividade, mas estar a retroceder na coesão, na desertificação do interior e na pobreza.

Ao contrário das promessas governamentais de que todo o financiamento seria privado, os eucaliptos orçamentais da Ota e do TGV absorvem a quase totalidade dos 1.300 milhões de Euros previstos no Fundo de Coesão para as acessibilidades.

O aeroporto da Ota representa um gigantesco atentado ambiental. Ali será construído o maior aeroporto do mundo sobre leito de cheia. Numa zona de aluvião com 2 a 3 metros de altitude, onde confluem o rio de Alenquer, a ribeira e o Paul do Alvarinho, o rio e o Paul da Ota.

Para aterrar e nivelar tudo aquilo, será necessário movimentar 80 milhões de m3 de terra e pedras.

Falar do “Novo Aeroporto de Lisboa”, de facto, é falar de roubar a Lisboa o aeroporto que hoje tem e que lhe dá vantagens competitivas de proximidade.

O aeroporto da Ota é inútil, é desnecessário e é prejudicial para os utentes. É falso que o Aeroporto da Portela esteja esgotado, porque o futuro da aviação civil e comercial, não passa por mais aviões no ar, mas por maiores aviões. Porque se podem aproveitar os aeroportos militares do Montijo e de Alverca para fazer aterrar lá as companhias de “low cost”, que querem taxas aeroportuárias mais baratas, e já representam hoje muito mais de 50% do tráfego aéreo.

E para que se vão gastar agora mais 500 milhões de Euros a remodelar o Aeroporto da Portela?

Lisboa tem tudo a perder. O Turismo de “short breaks” tem tudo a perder, e com ele todo o comércio, a restauração, a animação e negócios complementares. 95% do tráfego de passageiros, tem a ver com o Turismo.

O Porto e o Norte têm tudo a perder, pois a Ota vai desviar tráfego, passageiros, clientes visitantes, e vai afectar dramaticamente o Aeroporto Francisco Sá Carneiro.

Esta é uma questão crucial, cujas repercussões negativas se farão sentir em muitas das próximas gerações.

Não é nossa intenção regionalizar este debate. Mas existe uma situação, que pela sua gravidade e consequências, não pode deixar de ser aqui denunciada. E estamos a falar do caso do Algarve. A única região do país que entrou em situação de “phasing out”, logo, deixou de poder aceder aos fundos do chamado Objectivo 1.

A entrada no “phasing out” representa um enriquecimento estatístico. Não representa um enriquecimento real. A quebra do FEDER e do FSE poderia ser contrabalançada por um reforço dos insuficientes 100 milhões de Euros do Fundo de Coesão previstos para aquela Região.

Refira-se que existem 13 regiões na Europa em situação de “phasing out”. Mas, em todas elas, os respectivos governos preparam-se para compensar as quebras dos fluxos financeiros com verbas nacionais, e com outros fundos europeus que não o FEDER e o FSE. Em Portugal, não!

A forma como o governo se propõe aplicar o Fundo de Coesão, agrava ainda mais o desastre financeiro em curso para a Região do Algarve, nos próximos sete anos. Nenhuma outra região do país leva tamanha pancada às três tabelas. Pela aplicação da nova Lei das Finanças Locais, são os municípios algarvios quem mais vai perder.

O PIDACC 2007 para o Algarve, é o expoente máximo da miserabilidade. 105 milhões de Euros previstos, três vezes menos que o PIDACC de há seis anos atrás.

Não há, neste momento, tirando um curto troço de estrada para uma passagem desnivelada sobre a EN 125, e que se arrasta penosamente, uma única obra de vulto em curso no Algarve. Não há um único estaleiro, de uma obra do Estado digna desse nome.

Até a Barragem de Odelouca, será construída com recurso ao crédito, ou seja, o serviço da dívida reflectir-se-á no preço da água consumida, ou seja, sairá do bolso dos algarvios. Chama-se a isto, na minha aldeia, “fazer a manta com o pelo do cão!”

E, com este QREN, o Algarve vai passar dos 1.406 milhões de Euros do QCA III, para uns ainda incertos 634 milhões do QREN. Ou seja, vai perder 772 milhões de Euros, o que representa uma quebra de 55%.

Se falarmos em termos de investimento global, o Algarve passa de 2.200 milhões de Euros nos últimos sete anos, para 1.000 milhões de Euros, nos próximos sete anos. Ou seja, um tombo de 1.200 milhões de Euros de investimento a menos!

Praticamente meio milhão de Euros a menos por dia, durante sete anos, incluindo sábados, domingos e feriados. Esta sangria financeira monumental do Algarve é um verdadeiro escândalo.

Uma região cujo sector turístico contribui economicamente, de forma directa e indirecta, com um produto que se estima entre 4 a 5 mil milhões de Euros por ano, dos quais seguramente, entre tributação directa e indirecta, de consumo ou de rendimento, pelo menos metade vai para os cofres do Estado, está a ter, por parte deste governo, um verdadeiro tratamento colonial. Suga o povo e as empresas do Algarve, e o que dá em troca, não passa de uma gorjeta.

Sr. Presidente,
Senhoras e Senhores Deputados

Os 21.500 milhões de Euros em fundos europeus, têm que ser criteriosamente aplicados para inverter o rumo da economia, combater a desertificação e os desequilíbrios regionais, e melhorar o nível de vida dos portugueses.

O QREN parte atrasado, carece de metas e de calendário, reduz o esforço do Estado sem alternativas consistentes, e assenta na ausência de uma análise crítica e séria dos antecedentes, e no secretismo das razões das opções políticas que tomou.

Por tudo isto, a nossa apreciação sobre o QREN não pode deixar de ser muito, mas mesmo muito negativa.