sábado, abril 30, 2005

CAPITAL DA VERGONHA FOI HOJE INAUGURADA!!!

Quase 5 meses depois do inicio do ano e após sucessivos adiamentos, a Faro – Capital Nacional da Cultura 2005 (FCNC) foi inaugurada com uma discreta e quase despercebida largada de balões, na Escola E.B. de Santo António, em Faro, que foi presenciada por um reduzido número de pessoas.

A primeira questão que se coloca é tentar compreender qual o significado de inaugurar este evento numa Escola de Faro (recinto fechado) e quando não há aulas (daí a fraca afluência de alunos e professores). Mas afinal de contas a FCNC não tem um carácter regional? (Repare-se que já foi inaugurada mas ainda não se sabe com toda a certeza se as actividades culturais previstas vão decorrer só no concelho de Faro ou vão ser alargadas a todo o Algarve). Não teria sido mais correcto e até mais mediático fazer a dita largada de balões na baixa de Faro, por exemplo no Jardim Manuel Bívar em frente ao Governo Civil, convidando os cidadãos a participarem e a largarem também eles um balão?

A segunda questão colocada visa saber onde está a divulgação e a promoção das actividades culturais programadas pela FCNC. Então não há Outdoors, nem folhetos informativos nem uma simples página na Internet a informar quais os espectáculos programados, locais, datas e horas? Então como é que se vai saber o que se está a passar? Como é que querem que as pessoas assistam aos espectáculos e exposições? Pergunta-se também neste ponto, onde está a planificação e a gestão desta estrutura que permitiu que esta situação, no mínimo caricata, acontecesse…Mas as pessoas que estão responsáveis por esta estrutura não têm vergonha de executar projectos desta forma? Um pouco por todo o País, quando se fala de Faro – Capital Nacional da Cultura as pessoas riem-se!!! Isto é humilhante para o Algarve e para os algarvios!!!

Deu hoje num dos noticiários da TV que ainda não se sabe se a FCNC vai prolongar-se até 2006 ou não. Isto é preocupante, pois revela que a estruturação e a planificação deste acontecimento cultural não está devidamente pensada e esquematizada, pois é impossível planificar algo sem saber com rigor quando é o seu inicio e quando é o seu fim.

Mas este triste cenário ainda não ficou por aqui. Os dirigentes desta estrutura, que aparentemente têm a noção da desorganização que impera, têm surgido algumas vezes a tentar justificar o injustificavel e queixam-se da falta de apoio e da falta de verbas disponibilizadas para a FCNC. Se esses senhores não estivessem satisfeitos com o apoio facultado tinham então 2 soluções: Ou exigiam o adiamento deste projecto para 2006 (de forma a terem tempo para executar algo com principio, meio e fim) ou então demitiam-se (alegando que não estavam dispostos em continuar com o projecto devido à falta de apoio e interesse demonstrado)!!!

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