sexta-feira, janeiro 28, 2005

2500 PESSOAS NO JANTAR DO PSD EM OLHÃO

Pedro Santana Lopes invocou as diferenças percentuais nas sondagens, para afirmar que «está montada uma mega-fraude em torno das sondagens» e assegurar que processará as empresas que falhem previsões face aos resultados eleitorais.

Falando em Olhão, Quinta-feira, 27 de Janeiro, durante um jantar-comício, que reuniu cerca de 2500 pessoas, o presidente do PSD recordou os resultados de três sondagens divulgadas esta semana. «Ou se vêm a confirmar as previsões nas sondagens, ou desta vez não vai ficar tudo na mesma», frisou.

O líder social-democrata questionou «qual o país da Europa em que tal diferença seria possível nos resultados destes estudos» e recorreu ao exemplo das recentes eleições norte-americanas, com pequenas diferenças entre as previsões para Bush e Kerry, para sustentar que «quem trabalha em sondagens sabe que seria impossível» tal contradição nos números. «Isto demonstra que está montada uma mega-fraude em torno desta matéria», asseverou.

Comparou a situação actual com a que se verificou nas eleições autárquicas de Dezembro de 2001, quando, até dois dias antes do sufrágio, «não houve uma sondagem que desse a vitória ao PSD» em Lisboa. «Na altura, quando me diziam que era melhor não dizer nada, eu dizia que nós não nos podemos calar com aquilo que manipula, e de denúncia em denúncia lá chegámos a 16 de Dezembro e o povo deu-nos a vitória», afirmou, sustentando que o mesmo sucederá a nível nacional nas legislativas de 20 de Fevereiro. Argumentou ainda que a realidade da adesão de militantes e simpatizantes do PS e PSD nesta pré-campanha é muito diferente,«"com o Partido Socialista, que faz um ou dois jantares por semana, a ter salas que são um terço ou um quarto desta», manifestando estranheza pelo não reflexo dessa realidade nos estudos de opinião. «São os mistérios que só dia 20 de Fevereiro poderemos desvendar», disse, garantindo que pedirá responsabilidades e abrirá processos às empresas que tiverem falhado nas previsões.

No seu discurso, Santana Lopes referiu-se também à abertura do ano judicial, para assegurar que nos Governos do PSD «existe o total respeito pelo poder judicial». «Não faremos nada para dificultar o andamento seja de que processo for, mesmo que se trate de um grande empresário, um dirigente desportivo, ou alguém muito importante. Será que o rumo da justiça em Portugal vai ser o mesmo, quer ganhe o PSD, quer ganhe o PS?», perguntou.

Numa referência directa ao artigo de Freitas do Amaral, publicado na revista «Visão», Quinta-feira, Pedro Santana Lopes lamentou que o antigo dirigente do CDS argumente ser o PS a privilegiar o crescimento económico. «O nosso programa aponta para o crescimento económico. Fomos nós que invertemos a lógica do discurso do défice, porque ao contrário do que aconteceu no Governo de Durão Barroso, que teve que fazer sacrifícios, agora temos que fazer a economia crescer», disse.

O líder do PSD aproveitou igualmente para garantir que não vai aumentar os impostos, caso ganhe as eleições, e lançar uma farpa aos socialistas: «O PS tem duas políticas: o Rendimento Mínimo Garantido e o Rendimento Máximo Garantido para os poderosos», salientou.

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