sexta-feira, março 03, 2006

CONGRESSO JÁ "MEXE"

A poucos dias de mais um congresso do PSD (17 e 18 de Março), Luís Filipe Menezes criticou duramente a direcção do partido por preparar o congresso “com secretismo” e pela falta de condições para os militantes apresentarem as suas propostas, acrescentando que “faltam 15 dias para o congresso e só agora é que a direcção nos vai enviar as suas propostas de alteração dos Estatutos”.

Menezes, a 16 de Fevereiro, num artigo no seu blog (http://luisfilipemenezes.blogspot.com) já tinha afirmado que a "forma como o Congresso foi convocado e ao desumanizado novo regulamento de pagamento de quotas, traduz uma insensibilidade que contradita com a tão propagandeada vontade de transparência a todos os níveis".

Filipe Menezes salientou que, ele próprio, vai ter de reunir, em 72 horas, 1.500 assinaturas de militantes para poder propor alterações aos estatutos, uma vez que o prazo de entrega de propostas termina esta 2ª feira.

O presidente da Câmara de Gaia criticou ainda a postura da direcção do PSD, lembrando que, em 1991, Dias Loureiro, então secretário-geral, percorreu todas as secções do país para debater as propostas de alteração dos estatutos, ao contrário do que “agora aconteceu, pois o debate parece ter sido feito na clandestinidade”.

“Um ou vários militantes que tenham propostas para apresentar ao congresso não podem fazê-lo na prática, porque não têm meios para arranjar, à pressa, as assinaturas”, sublinhou.

Apesar destas limitações, Meneses adiantou que, se conseguir as assinaturas, proporá ao congresso não só a eleição directa do líder, mas também a adopção de “primárias” para a escolha de candidatos a deputado, presidente de Câmara ou de Junta de Freguesia.

Recusando-se a dizer se vai ou não ser candidato em futuras “directas” – “dependerá da divulgação da data em que se efectuarão” -, Luís Filipe Meneses criticou a estratégia de oposição do líder do partido, Marques Mendes.

Marques Mendes, acusou, tem-se limitado a “pequenas iniciativas” em vez de apresentar “uma alternativa reformista e credível ao país”.


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