quinta-feira, janeiro 03, 2008

Texto de opinião

UM PRINCIPE INTELIGENTE NUNCA PERMANECE OCIOSO EM TEMPO DE PAZ, MAS COM HABILIDADE PROCURA FORMAR CABEDAL PARA PODER UTILIZA-LO NA ADVERSIDADE, A FIM DE QUE, QUANDO MUDAR A FORTUNA, SE ENCONTRE PREPARADO PARA RESISTIR.

O Príncipe – Nicolau Maquiavel


É com alguma frequência, que os políticos após as eleições se esquecem dos seus eleitores, cometendo o erro de imaginar que estes não notam tal atitude.

Desta forma o candidato desperdiça assim, a sua melhor arma: O mandato. Não nos podemos esquecer que muitas carreiras políticas foram abreviadas pela falta de visão a longo prazo.

Um político além de ter que cumprir as promessas feitas durante a campanha, tem que ter um especial cuidado em manter abertos os canais de comunicação com os que nele votaram. Se por um lado tem que estar atento e acessível para identificar os pontos fracos, por outro tem que prestar contas das suas acções, criando um clima de aceitação e simpatia, credibilidade e confiança.

Dia após dia é cada vez mais evidente que o marketing político, se torna um instrumento indispensável para qualquer político. Agir em sintonia com o que os cidadãos pensam e querem é fundamental para o sucesso.

A pesquisa de opinião pública suscita, em geral, grande interesse e emoção por parte do público pois trata de assuntos actuais, mede atitudes e opiniões das pessoas sobre temas políticos e sociais e desenvolve á população, de modo sistematizado, a informação que ela própria prestou.

As pesquisas são, cada vez mais, parte integrante do mundo moderno. Estas tornam a democracia mais participativa na medida em que a vontade do cidadão é identificada e pode influir nas decisões de um governo ou de um político.

Caracteriza-se como o bom político aquele que procura saber, a todo momento, o que os seus eleitores pensam, o que querem e o que precisam. Reconhecer prioridades é saber ordenar e executar a vontade popular, e são as pesquisas – qualitativas e quantitativas – as responsáveis pelas directrizes de um plano político. São estas que promovem uma maior interacção entre povo e políticos e o seu uso, fora do período eleitoral, permite aos políticos começar as suas campanhas desde o momento da sua tomada de posse. Como consequência, aumentam as hipóteses de sucesso nas futuras campanhas eleitorais.

A comunicação política nunca poderá ser encarada como um item supérfluo. O planeamento da comunicação é a única forma eficiente de alcançar os objectivos procurados.

As estratégias gerais de um candidato político devem ser a mais ampla possível.

Não basta ser eleito, embora, sem a menor dúvida, sua vitória no pleito seja indispensável para que, a partir de então, possa realmente desempenhar o importante papel a que se propôs com tanto empenho. No entanto, muitos candidatos parecem estar exclusivamente preocupados com a eleição em si.

O candidato eleito passará a ser responsável directamente, por uma menor ou maior parcela de poder. Será de sua competência, inclusive, legislar sobre os seus concidadãos. Para executar bem essa função, ele deverá não somente estar preocupado, mas também ter traçado metas compatíveis com o cargo que ocupa.

Isabel Cavaco - Vogal da JSD Algarve e Presidente da Mesa da JSD Silves

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