segunda-feira, abril 24, 2006

MOÇÃO "CURSO DE MEDICINA NO ALGARVE" APROVADA NA AMAL

O PSD/Algarve apresentou, na Assembleia Metropolitana da AMAL que se realizou na 5ª feira passada, uma moção intitulada “ Curso de Medicina no Algarve” que se destina, segundo os sociais-democratas algarvios, “a recolocar na ordem do dia uma medida estratégica para o futuro da região”.

A moção, apresentada pelo líder da JSD, Cristóvão Norte, foi aprovada por unanimidade e incide sobre o défice crónico de médicos no Algarve que o PSD considera "conduzir a estrangulamentos insuperáveis na qualidade dos serviços de saúde prestados aos Algarvios e que apenas serão superados quando a região dispuser de um curso de medicina e do Hospital Central do Algarve”, e sublinha ambicionar, com esta iniciativa, “convocar a sociedade algarvia para este desígnio e suscitar o envolvimento da AMAL neste combate ”.

Cristóvão Norte relembrou, a este propósito, que o PS elencou estas medidas como vértice do manifesto eleitoral proposto aos algarvios nas legislativas de 2005, pelo que sublinha serem “os sinais são extremamente preocupantes” e que "não foram dados os passos necessários para que estas intervenções sejam uma realidade no espaço da legislatura”, alertando para a impreteribilidade de se cumprirem, escrupulosamente, os compromissos assumidos perante os algarvios.

O jovem social democrata algarvio salientou, por outro lado, não aceitar que considerações de índole política devem confirmar as considerações de natureza técnica, no caso de o parecer solicitado pelo Governo a uma Comissão de peritos independentes, ser favorável à criação do curso.

Na moção, pode entender-se ainda que Portugal Continental dispõe de 7 faculdades de medicina não estando qualquer delas sedeada a sul do rio Tejo, e que 70% dos alunos diplomados na Universidade do Algarve, no decurso dos últimos 25 anos, permanecem radicados na região, o que leva os sociais-democratas a enfatizar que “o curso de medicina garante a fixação de médicos no Algarve”, sobretudo quando a Universidade do Algarve, na proposta que apresentou ao Governo, preconiza a isenção de propinas para os estudantes que contratualizem com a instituição a permanência na região por um período mínimo de seis anos.

Por último, o PSD/Algarve recorda que, em 1999, quando este assunto esteve em cima da mesa, “ o imobilismo da classe política deitou tudo a perder” pretendendo com esta moção, que reputa de “estruturante e unificadora dos superiores interesses dos algarvios” contribuir para que “todos, sem excepção, abracem esta causa”.

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