sexta-feira, agosto 31, 2007

Campanha de Verão - Resposta à JS

A JSD promoveu uma campanha de verão entre os dias 14 a 21 de Agosto, tendo percorrido as principais praias do país, com o propósito de contactar com os jovens portugueses e solidarizarmo-nos com a profunda revolta hoje sentida pela generalidade dos portugueses, face à ausência de rumo que este governo tem demonstrado.

Durante esta campanha, a JSD alertou para o facto de o governo ter procedido à revogação do diploma que aprovou os Incentivos ao Arrendamento Jovem (IAJ).

Entendemos que a revogação do IAJ constitui um grave atentado a milhares de jovens que se debatem com o drama de recorrerem ao mercado de arrendamento.

Nunca esperámos que a Juventude Socialista se solidarizasse com os jovens portugueses no combate às medidas tomadas por este governo.

A Juventude Socialista já nos habituou à sua absoluta indiferença relativamente aos problemas que afectam a juventude portuguesa, e à sua total subserviência a este governo. A JS já habituou o país a servir os interesses partidários e não os interesses dos jovens portugueses.

Mas a JSD não pode admitir que aqueles que nada fazem pela melhoria das condições de vida dos jovens portugueses nos acusem de desonestidade.

Desonestidade é sim comentar sem conhecer a realidade.

Afirma a JS que a JSD se limitou a criticar a revogação do IAJ sem que procedesse à informação sobre o novo regime. Lamentamos que a JS não tenha consultado o “folheto” distribuído nas praias portuguesas pela JSD. Se o tivesse feito veria que tal afirmação não é verdadeira e teria evitado mais um disparate.

A JSD lamenta que a JS, mais uma vez, se preste a defender de forma torpe, um governo que não tem a mínima sensibilidade relativamente aos problemas dos jovens portugueses.

A JSD lamenta que a JS não se junte à indignação dos jovens portugueses e exija ao governo a aprovação de um sistema de incentivos que permita aos jovens acederem ao mercado de arrendamento de forma efectiva.

O que descredibiliza a actividade política e as juventudes partidárias é a subserviência cega aos interesses do partido e do governo.

As alterações que o novo programa Porta 65 – Arrendamento Jovem introduz, tal como aliás a JSD refere no folheto, que a JS deveria ter lido, vão no sentido de diminuir de forma drástica não só o prazo do apoio como também os montantes da renda apoiada. A aprovação do novo regime, Porta 65, significa retirar a milhares de jovens a possibilidade de recorrerem ao mercado de arrendamento.

Lamenta a JSD que a JS continue a defender de forma despropositada um Secretário de Estado do Desporto que não tem uma única ideia para a juventude portuguesa.

Um Secretário de Estado que assiste de forma impávida e serena à destruição das expectativas dos jovens portugueses. Que assiste sem reacção ao aumento da emigração jovem. Que assiste a uma das mais altas taxas de desemprego jovem sem uma única solução. Que é cúmplice das mentiras do Primeiro-Ministro. Um Secretário de Estado a quem não resta outro caminho que não seja a demissão.

A JS elenca como grandes medidas aprovadas pelo Secretário de Estado da Juventude:
1. A nova Lei do Associativismo Jovem. Será que a JS se esquece que a lei do associativismo jovem não está em condições de ser executada, colocando dezenas de associações juvenis numa situação de asfixia financeira absoluta?

2. O Programa Nacional de Juventude. Será que a JS se esquece que o Programa Nacional de Juventude ficou na intenção do governo? Pensa a JS que engana os jovens portugueses? O Programa Nacional de Juventude após a realização de algumas sessões de discussão não vislumbrou a luz do dia. Há mais de um ano que o país espera que o governo apresente o Programa Nacional de Juventude.

3. A Alteração da Lei Orgânica do Instituto Português da Juventude. Será que a JS se esquece que a nova lei orgânica do IPJ acabou com o regime de co-gestão, sistema pioneiro na Europa, contra a opinião do movimento associativo nacional?

Será que a saudação que a JS faz da aprovação da lei orgânica do IPJ terá a ver com a inundação de jovens socialistas no IPJ?

A JSD não se enganou. Só lamentamos que aqueles que, connosco, deveriam colocar acima do interesse partidário o interesse dos jovens portugueses continuem a demonstrar a sua absoluta subserviência ao governo e ao PS.

Não podemos deixar de sublinhar o facto de a JS resumir a sua actividade ao acompanhamento e à crítica da actividade política da JSD.

Para a JSD só há um caminho. O da defesa incondicional dos interesses dos jovens portugueses e do futuro de Portugal. Custe o que custar. Custe a quem custar.

Lisboa, 27 de Agosto de 2007
A Comissão Política Nacional da JSD

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