Atendendo a que, recentemente, o Ministro da Ciência e Ensino Superior, Professor Mariano Gago, manifestou publicamente a indisponibilidade do Governo, no decurso desta legislatura, em considerar a possibilidade de abertura de novas faculdades de medicina, a JSD não pode deixar de repudiar esta decisão, que constitui um rude golpe numa das mais ansiadas aspirações dos Algarvios.
A faculdade de medicina poderia constituir, a exemplo do papel aglutinador desempenhado, nas mais diversas áreas, pela Universidade do Algarve, o meio adequado para assegurar a fixação de quadros médicos qualificados na região e, deste modo, garantir a melhoria dos cuidados de saúde prestados às populações. Relembramos, a este propósito, que o Algarve possui uma das taxas mais baixas de médicos por 1000 habitantes no cotejo com as restantes regiões da União Europeia, o que enfatiza a situação dramática em que a região se encontra neste domínio. Mais a mais, nesta estatística, não é considerada a população flutuante, o que agravaria sobremaneira o défice de médicos na região e reforçaria a indispensabilidade da concretização da faculdade de medicina no Algarve.
Será que o Senhor Ministro Mariano Gago ignora a dura realidade de centenas de jovens algarvios que, apesar de serem estudantes exemplares, emigram todos os anos para os “quatro cantos do mundo” para cursar medicina, porque não o conseguem fazer em Portugal e prestar um nobre serviço à sua região? Será que o Senhor Ministro ignora que o PS Algarve, no decurso da última campanha legislativa, integrou essa proposta no programa político que foi submetido a sufrágio? Será que o Senhor Primeiro-Ministro subscreve esta postura autista, prepotente e lesiva da confiança e credibilidade que os políticos querem emprestar à democracia, perpetrada pelo seu Ministro que quer vilipendiar os Algarvios das legítimas expectativas que lhes criaram na campanha eleitoral? Será que o Governo desconhece que nenhuma das sete faculdades de medicina está localizada abaixo do rio Tejo e, por conseguinte, que um terço do país se encontra desprovido de uma infra-estrutura fundamental para atingir o propósito, constantemente proclamado, de atenuar as assimetrias regionais que se agudizam em Portugal?
O Algarve, pelas razões acima aduzidas, necessita imperiosamente de uma faculdade de medicina. A JSD Algarve reafirma, desde já, o seu compromisso em travar este combate, adoptando as medidas adequadas para que este processo seja reaberto. O Algarve não pode, nem assim será com a nossa condescendência, permanecer incompreensivelmente privado de uma infra-estrutura indispensável para o seu desenvolvimento sustentado. Não transigiremos, em nome dos interesses do Algarve e dos Algarvios, com uma concepção tradicional de imobilismo e negligência por parte do poder central nas últimas décadas, independentemente de que quadrante político o Governo seja proveniente. Não somos de hoje pela faculdade de medicina. Não utilizamos a faculdade de medicina como instrumento para criticar o Governo. Somos pela faculdade de medicina, porque somos pelos Algarvios.
O Algarve, pelas razões acima aduzidas, necessita imperiosamente de uma faculdade de medicina. A JSD Algarve reafirma, desde já, o seu compromisso em travar este combate, adoptando as medidas adequadas para que este processo seja reaberto. O Algarve não pode, nem assim será com a nossa condescendência, permanecer incompreensivelmente privado de uma infra-estrutura indispensável para o seu desenvolvimento sustentado. Não transigiremos, em nome dos interesses do Algarve e dos Algarvios, com uma concepção tradicional de imobilismo e negligência por parte do poder central nas últimas décadas, independentemente de que quadrante político o Governo seja proveniente. Não somos de hoje pela faculdade de medicina. Não utilizamos a faculdade de medicina como instrumento para criticar o Governo. Somos pela faculdade de medicina, porque somos pelos Algarvios.
Cristóvão Norte
Presidente da JSD Algarve
Sem comentários:
Enviar um comentário