quinta-feira, janeiro 13, 2011

Natal: JSD/Algarve oferece Via Verde a Primeiro-Ministro


Natal: JSD/Algarve oferece Via Verde a Primeiro-Ministro

José Sócrates recebe dispositivo de cobrança de portagens como forma de protesto da colocação das mesmas na A22

A JSD/Algarve enviou hoje pelo correio a prenda de natal desta estrutura para o Primeiro-Ministro José Sócrates. A escolha deste ano foi um dispositivo de cobrança de portagens “Via Verde” e pretende simbolizar a posição desta estrutura e também da esmagadora maioria dos Algarvios contra a medida injusta que este governo tomou de introduzir portagens na Via do Infante.

Na carta enviada a José Sócrates é referido que “esta medida é danosa para os interesses do Algarve mas também do interesse do País por diversas razões, nomeadamente pelo carácter turístico que o Algarve tem, sendo uma montra de Portugal lá fora”.

Adicionalmente são apresentados quatro grandes argumentos para a não introdução de portagens na A22. Um primeiro fala sobre a falta de alternativa à A22. É referido na missiva que “a EN125 foi em tempos uma das estradas mais perigosas de Europa. Hoje felizmente perdeu uma parte desta catastrófica imagem mas no entanto subsistem uma série de problemas rodoviários que fazem com que esta estrada, se voltar a receber o grande volume de trânsito, possa voltar a ser demasiadamente perigosa colocando diariamente em risco a vida de muitos dos que nela circulam”.

O segundo argumento explica o facto da A22 não ser uma Scut e portanto ser injusta esta comparação. É referido que “é um facto que dois terços da Via do Infante foram construídos com fundos comunitários antes da existência do conceito de Scut e de já estarem pagos na altura em que esta engenharia financeira foi construída. Não é de todo justo que tendo como argumento o negócio Scut se vá colocar portagens em uma estrada com um conceito de financiamento completamente diferente”.

O terceiro argumento fala sobre a problemática associada ao turismo a ao impacto catastrófico que esta medida pode vir a ter na principal actividade económica da região. Neste campo é referido que “para além de não ser claro o processo de pagamento para quem nos visita vindo do estrangeiro, há que acrescentar o facto de aqui mesmo ao lado na Andaluzia, Espanha, directa concorrente do Algarve, existirem diversas auto estradas com melhores condições que as nossas e gratuitas. Esta situação vai criar uma desvantagem clara para a nossa actividade turística”.

Finalmente a JSD/Algarve levanta ainda umaquestão pouco falada mas de extrema importância: a forma como os jovens vão ser afectados. Assim é referido na carta que “por um lado haverá uma natural contracção da actividade económica o que levará a um aumento do desemprego. Numa região com 13% de desempregados, esta é uma situação dramática. Depois acrescentar ainda o facto de muitos estudantes universitários se deslocarem entre cidades no Algarve e dada a deficiência da rede de transportes públicos o carro é muitas vezes a única solução. Esta situação vai aumentar o custo dos estudos dos estudantes no Algarve o que será penalizador para a universidade e para a região”.

Para finalizar a JSD/Algarve faz um apelo aJosé Sócrates para ter em conta os argumentos apresentado e para voltar atrás na sua decisão de introduzir portagens na A22.

A Comissão Politica Regional da JSD/Algarve

Faro, 20 de Dezembro de 2010

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