quarta-feira, outubro 17, 2007

Jovens Licenciados e o Desemprego em Portugal


Por definição, o Desemprego é a medida da parcela da força de trabalho disponível que se encontra sem emprego. Esta, é uma definição que infelizmente tem vindo a tornar-se uma constante bem conhecida entre a população.

De acordo com os valores do INE (Instituto Nacional de Estatística), a taxa de desemprego face ao ano anterior subiu, encontrando-se mais uma vez o país na cauda da Europa, expressão há muito por nós conhecida, e infelizmente sempre pelos aspectos mais negativos. Desta vez também não foge à regra, pois de entre os 27 estados membros da União Europeia, trata-se de um dos 5 que registam o maior nível de desemprego, encontrando-se em situação mais precária apenas a Eslováquia, Polónia, França e Espanha.

De entre a população que se encontra nesta situação, é de realçar que a maior parcela, cerca de 54mil desempregados, cai sobre os jovens licenciados.

Quando o actual Primeiro-Ministro foi eleito, apresentou segundo ele um programa de compromisso, rigor e exigência, em que uma das temáticas que a que deu particular enfâse, foi sem dúvida a diminuição da taxa de desemprego entre licenciados, no entanto, até agora só se tem vindo a verificar o oposto, e já vamos em 2 anos de mandato.

É um facto que qualificação gera emprego e assegura um aumento na economia do país, mas se assim é, porque é que encontramos neste estado deplorável?? Cada vez mais se torna complicado entrar no mercado de trabalho após a conclusão de graus académicos, sendo esta situação mais flagrante na área do ensino e investigação. Será possível que em Portugal não se aposta na investigação e na formação?? É realmente alarmante que não se aposte em determinadas áreas, que são impulsionadoras e projectam o país. Verifica-se uma falta de meios para o efeito, tendo por exemplo de os jovens cientistas se debater constantemente com problemas de verbas, sobrevivendo à custa de bolsas de investigação a curto prazo.

A escassez de oportunidades, leva que os jovens enveredem em muitos dos casos na internacionalização, buscando o que o nosso país não nos pode oferecer e nao desmotivando acima de tudo. Com a continuação desta situação, dentro em breve voltamos uma vez mais a ter uma nova geração de emigrantes como há alguns anos aconteceu, vitimas da falta de oportunidades no próprio país.

É necessário que haja uma preocupação acrescida neste aspecto, devendo-se dar particular atenção a este tema, visando soluções que proporcionem uma rápida integração no mercado de trabalho.

Ana Carina Santos
(Secretária-Geral CPD Algarve)

1 comentário:

Anónimo disse...

alguém me arranja um emprego ai numa câmara qualquer? sou recém licenciado! obrigado