segunda-feira, julho 25, 2005

ATENTADO AMBIENTAL EM LAGOS

A recém reactivada JSD/Lagos já começou a trabalhar e começou logo com uma acção de contestação, por intermédio de um Abaixo Assinado, a um atentado ambiental e urbanistico em Lagos, prevendo-se que esta acção recolha milhares de assinaturas...

Independentemente da cor política, creio que é consensual que o projecto do Executivo da Câmara Municipal de Lagos é um crime ambiental!!! Ora vejam...

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Caros concidadãos, a irresponsabilidade politica abate-se mais uma vez sobre este concelho, através de aprovação de um projecto para a construção do empreendimento “Omniasol“ na praia de Porto-de-mós.

No passado dia 18 de Maio, o poder autárquico aprovou a construção de um prédio de 9 pisos, dos quais 6 se desenvolvem acima da terra e os restantes 3 no subsolo.
A área de implantação e desenvolvimento deste projecto é o espaço que actualmente serve de estacionamento a inúmeros visitantes desta praia, o estacionamento de terra batida.
A construção deste edifício só pode ser caracterizada como um atentado urbanístico, ambiental e paisagístico.

E como se todo o enquadramento ambiental e paisagístico não bastasse para reprovar o projecto, a esta razão se soma o parecer desfavorável por parte do gabinete técnico da câmara, com base na estrutura e localização do empreendimento em causa.

"A altura do edifício nunca deverá ultrapassar os 3 pisos, devendo o requerente proceder a uma apresentação da pretensão com meios auxiliares de apoio, maqueta ou apresentação vídeo, de forma a esclarecer devidamente a volumetria do edifício. Apresentada a maqueta, vem esta confirmar que a proposta ultrapassa os 3 pisos. Relembramos que o PGU indica para a zona D4 - 4 pisos e para a zona D5 - 2 pisos (...)"In Inf. N.º 168-AH/04, de 15/11/04.

De não esquecer que ainda recentemente em reunião do Conselho de Ministros, a qual teve lugar em Sagres, o governo aprovou um plano de ordenamento da orla costeira, onde prevê a demolição de casas edificadas em zonas de proximidade com o mar. De estranhar esta atitude do poder autárquico, que no mínimo deveria ouvir e fazer cumprir as indicações do Governo com o qual partilha cor política.

Por tudo isto e em defesa do nosso concelho e do património nele existente, a comissão administrativa da comissão politica concelhia da JSD de Lagos, vêm desta forma solicitar a todos os Lacobrigenses, simpatizantes da cidade, amantes do património natural e paisagístico, assim como todos aqueles cidadãos que não concordem com esta medida, que demonstrem o seu desagrado rubricando este abaixo-assinado.

Este documento será então remetido a CCDR Algarve, aos deputados eleitos pelo PSD á Assembleia da República, á Câmara Municipal de Lagos, aos Jornais e ás restantes entidades competentes.

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