quarta-feira, março 26, 2008

Luís Filipe Menezes, o nome mais falado nos últimos dias.

Tecem-se as mais variadas críticas, para uns, é um líder que não aparece, com pouca acção e sem estratégia política, a prazo, incapaz de reorganizar o partido e criar dinâmicas internas, aglutinadoras de consensos em torno de um objectivo comum, outros há, quando aparece, que dizem, é populista, não acrescenta nada de novo, que não se sabe afirmar e tarda em ganhar a confiança das pessoas. E o mais estranho é que muitas destas afirmações, que não deixam de ser, apenas e tão só, meras leviandades sem fundamento, vêm de dentro do próprio partido, facto que me causa repúdio, uma enorme apreensão e muita tristeza. As acusações vindas de fora até se compreendem. Mas vindas dos próprios militantes é mesmo muito estranho!

Onde está a unidade no partido, a ideologia politico partidária, onde está aquela chama que nos une, que faz dos militantes sociais democratas ser quem são, onde está a social democracia, alguém me pode dizer?

A social democracia precisa e faz-se de pessoas com os mais diversos pensamentos, só através da riqueza que provém da diversidade se pode construir ideais. Talvez até compreenda bem o que se está a passar no PSD. Provavelmente essa diversidade de que falo, pouco existia até ao momento, e com esta nova liderança, mais pluralista, rejuvenescida, de enorme potencial humano, esteja a por em causa aqueles que apenas tinha uma visão das coisas e por este motivo ou por outro qualquer que desconheço, já não têm qualquer expressão, e estão agora, como que, no desespero de um último folgo, a tentar agarra-se a algo que dominaram em tempos e lhes está a escorregar da mão, frustrados pela suas esgotadas capacidades.

Pois bem, esses, que poderiam ser os guias e os sábios, exemplos para todos, perderam por completo todo o decoro e a elegância dos seus lindos discursos, agora só já há tempo para lançar cá para fora todo o fel que lhes resta e mais algum até se esgotarem por completo, aguardando pelo definhamento total, como que o último estrebuchar de uma estocada final bem precisa.

O mundo mudou, o mundo já não é o mesmo que era. Estamos mais crescidos, mais atentos e vigilantes. Queremos que a política seja protagonizada por homens bons, que estejam de boa fé, e acima de tudo, que saibam honrar os seus compromissos. Não queremos demagogia, queremos sinceridade, queremos bons timoneiros, galvanizadores do nosso potencial, enquanto portugueses que somos, capazes de dar novos mundos ao mundo. Não podemos continuar na mesma senda de outros tempos, de visões limitadas, fazendo lembrar o eterno desígnio da fatalidade e do desgraçadinho que nos continua a martirizar e que não nos leva para lugar nenhum. É tempo de acabar com os já gastos “ velhos do restelo ” que nunca estão a bem com coisa nenhuma, que nada lhes agrada, críticos por tudo e por nada, mergulhados na lama da inveja, por não serem eles os protagonistas, roídos por dentro dos que alguma coisa fazem e que de boa fé estão e acreditam que são capazes. Chegou o momento de bradar aos céus “ até que a vós nos doa ” para além da trapobana e dos sete mares, para que todos nos ouçam, mas que raio de povo somos nós, que nem o nosso país conseguimos endireitar!

Onde estão aqueles bravos descobridores e valentes aventureiros!? É caso para dizer, “ desses já não há mais ”, e os poucos que tentam, são atirados ao mar para que os tu-barões ou outro qualquer peixe, os possam comer, quase que me engasgava! Bem já chega, senão acabo por me rever nas próprias palavras que acabei de escrever. Afinal o que quero dizer é tão só isto, deixem o homem trabalhar, dar o seu melhor, e provar o que vale, quem não concorda com o estilo que faça melhor, ou então que se junte àqueles que têm essa vontade, que mostrem o seu valor através dos seus contributos, ou melhor ainda, se não quiserem mesmo fazer nada, até diria para que fiquem nos seus lugares e parem de disparar em todas as direcções, porque até se pode dar o caso de serem atingidos pelas suas próprias balas, convenhamos que até não é nada agradável.



Rui Carvalho - JSD Faro

Sem comentários: